A régua alta da política gaúcha

A régua alta da política gaúcha

Fazer política no Rio Grande do Sul é uma experiência singular.

Everton Braz

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 Nos últimos anos, percorri os quatro cantos do Estado, conversei com pessoas e conheci a realidade de dezenas de municípios, o que me permitiu entender melhor os anseios da população. Essa jornada me fez refletir sobre como possuímos características únicas, que nos diferenciam dos demais estados brasileiros na hora de fazer política.

O Rio Grande do Sul é palco de efervescência antes mesmo de sua concepção como uma capitania, na longínqua 1807. Disputas entre portugueses e espanhóis e a Guerra Guaranítica foram prelúdios do que iria acontecer neste território nos séculos posteriores. Os gaúchos se envolveram em brigas políticas, sendo a mais famosa, possivelmente, a disputa entre chimangos e maragatos. Querendo ou não, isso deixou marcas na nossa construção social como um povo irreverente e de ideias fortes.

Na política, isso se manifesta por meio de uma população que exerce o seu direito de sempre cobrar os melhores resultados possíveis de seus governantes. Essa inquietação dos gaúchos também se faz presente em momentos de dificuldade. No ano passado, quando grandes enchentes atingiram o Estado e vitimaram mais de 50 pessoas, foi a sociedade que se uniu em uma corrente de solidariedade, permitindo a retomada gradual das cidades atingidas.

Cada região do Rio Grande possui suas potencialidades. Em Porto Alegre e região metropolitana, temos um dos polos nacionais de inovação, onde o empreendedorismo e uma cultura de transformações nos impulsionam na direção do desenvolvimento socioeconômico. 

Nas diferentes regiões do nosso Interior e Litoral, contamos com riquezas naturais que abrilhantam nossa imagem perante o mundo. Além disso, possuímos terras férteis que, aliadas à força de trabalho dos gaúchos, nos colocam como um dos principais celeiros do Brasil.

Como presidente de um partido que registra crescimento exponencial, tenho o privilégio de acompanhar de perto a força da política gaúcha. Em todos os cantos do Estado, noto um amadurecimento da nossa população, que quer uma administração pública cada vez mais centrada em resolver os problemas reais, longe de disputas ideológicas. Os gaúchos querem o equilíbrio, portanto, precisamos entregar isso.


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