A redução das mortes no trânsito depende de todos nós

A redução das mortes no trânsito depende de todos nós

Desde 2018, mantemos uma média de 70 mortes com uma boa perspectiva de reduzir em 20% essa marca em 2023.

Pedro Bisch Neto

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Neste domingo, 19, em que lembramos o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito e quero convidá-los a fazer uma reflexão. Há 30 anos, passei por uma tragédia familiar que resultou na perda de entes queridos no trânsito. Esse é um dos muitos exemplos que muitas famílias presenciam diariamente. Dificilmente se conhece alguém que não tenha uma história, seja de um amigo, seja de um familiar que perdeu a vida no trânsito. A data chama a atenção para essa problemática que deixa marcas profundas, gerando traumas e se tornando um pesadelo na vida de quem fica. Para possibilitar que essa seja uma cena cada vez menos comum, trabalhamos diariamente, sempre com foco na segurança viária e na conscientização da população.

No Brasil, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou em agosto deste ano o aumento de 13,5% nas mortes no trânsito na primeira década de ação da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 2010 e 2019. Em Porto Alegre, percebemos ao longo desses 25 anos, em que a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) atua com a missão de garantir a segurança viária, uma queda gradativa. Desde 2018, mantemos uma média de 70 mortes com uma boa perspectiva de reduzir em 20% essa marca em 2023. Em 1998, no ano de fundação da EPTC, entre janeiro e outubro foram registradas 137 vidas perdidas, hoje temos 50.

Os números mostram que estamos no caminho, embora ainda longe do ideal, que seria não ter nenhuma vida perdida no trânsito. Analisamos de forma minuciosa os dados, fazemos ações de qualificação da infraestrutura viária e de educação para o trânsito, mas estamos certos que sozinhos não iremos avançar. Temos a nossa missão, enquanto poder público, mas precisamos também que haja uma consciência coletiva da gravidade deste tema. Convido a todos para que se unam a nós e chamem a atenção dentro dos seus núcleos de convivência sobre a importância dos cuidados no trânsito, os quais podem preservar as nossas vidas e de quem amamos. Não esqueça: no trânsito, escolha a vida.


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