Bons tempos para a fumicultura

Bons tempos para a fumicultura

Por Zé Nunes*

Zé Nunes

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Iniciamos o ano de 2023 com boas notícias para o fumicultor brasileiro, e mais ainda para o produtor gaúcho. Em 2015 apresentei um projeto de lei que previa a classificação do fumo na propriedade do agricultor, ao invés de enviar toda a colheita para as empresas, que as classificava lá. O problema era a discordância sobre a classificação do fumo, em que a empresa dizia uma coisa e o produtor outra, e a venda acabava sendo aceita por um valor menor, ou o produtor tinha que arcar com mais um valor de frete para trazer toda a colheita de volta. Uma negociação totalmente injusta.

Durante todo o processo do PL 204/2015, as fumageiras diziam que era inviável, no entanto, em anos de safra pequena, enviavam representantes até as propriedades. Após sete anos de tramitação, foi aprovado o PL, e no dia 19 de janeiro de 2023, foi promulgada a lei que traz isonomia de direitos para todos os participantes da cadeia de produção. Vitória para a agricultura familiar do Estado, vitória para o produtor de tabaco.

No entanto, as novidades positivas não terminam por aí. Na abertura da colheita, no início de dezembro, foram anunciadas as projeções dos números da safra 2022/2023 para o RS e para o sul do Brasil. A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), projeta um aumento de 3,17% de área plantada, chegando a 117,6 mil hectares, além de 256,7 mil toneladas de folhas no estado entre virginia, burley e galpão, representando um aumento de 3,8% em relação ao último ano, chegando a mais de 40% de toda a produção do país. A nível nacional a projeção é de aumento de 7,9%, de 560 mil a 604 mil toneladas, sendo o aumento de área plantada de 6,14%, chegando a 261 mil hectares.

A importância socioeconômica do tabaco para toda a Região Sul do Brasil é indiscutível. Em especial no RS, o cultivo do tabaco, como base da economia, está presente em aproximadamente 220 municípios, sendo cultivado em 130 mil hectares, por 75 mil famílias, e gera aproximadamente R$ 1,2 bilhões de recursos no RS. 

Em 2022, o Brasil exportou US$ 2 bilhões, sendo o maior exportador do mundo desta produção. O futuro é promissor para o produtor do tabaco no Estado dos pampas, e me comprometo a seguir trabalhando fortemente na presidência da Frente Parlamentar em Defesa dos Produtores da Cadeia Produtiva do Tabaco da Assembleia. Se o ano de 2022 foi positivo, 2023 será ainda melhor.

*Deputado Estadual, presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Produtores da Cadeia Produtiva do Tabaco da Assembleia Legislativa 


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