Chance preciosa

Chance preciosa

Gilberto Jasper

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No dia 6 de outubro, haverá eleição nos 5.570 municípios brasileiros. Será a oportunidade de o cidadão fazer a sua parte, mesmo que seja consequência de uma obrigação legal. Escolher quem vai administrar nossas cidades é o mínimo que podemos fazer ao invés de apenas reclamar, discutir, usar as redes sociais para atacar e ofender. À exceção dos grandes municípios, a população conhece a vida pregressa dos candidatos a prefeito e a vereador. Todos se conhecem, têm informações do currículo e da trajetória comunitária dos que pedirão seu voto.

Esta característica única do pleito municipal é fundamental para não errar na urna eletrônica. Fazer a escolha correta não requer muito. Apenas um pouco de atenção e alguns minutos para conhecer aqueles habilitados para definir os caminhos dos próximos quatro anos. A radicalização que tomou conta do país, com ênfase a partir de 2018, acirrou perigosamente o processo de demonização da atividade política. Isso provocou um fenômeno pernicioso para o futuro das comunidades onde todos se conhecem.

Esta onda de “grenalização” afastou pessoas preparadas, com sucesso profissional, e que, ao longo da vida, se mostraram íntegras. Mas, para não serem “colocadas no mesmo saco” com velhacos e corruptos, afastam qualquer possibilidade de enveredar pela vida política. Outra consequência é a descrença da população de que somente através do processo democrático será possível melhorar a vida dos mais necessitados. Apesar das mazelas políticas, não existe outro caminho a não ser votar bem.

Eleger com critério é o primeiro na direção de soluções para reduzir o contingente dos que vivem na miséria e carecem de assistência social. É preciso fortalecer o compromisso de cada brasileiro e abandonar a postura de terceirizar a culpa dos problemas do país.

Como em todos os segmentos de atividade, existem os bons e maus, éticos e venais. Generalizar é injusto. As negociatas estão em toda parte, mas, na política, ganham destaque desproporcional, o que faz pensar ser esta uma função em que só há maldade, oportunismo e mau-caratismo. Façamos a nossa parte, escolhendo bem. E, depois, vamos fiscalizar o mandato para exigir projetos condizentes com a responsabilidade que iremos transferir em outubro.


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