Correios 2022 – Case de excelência na gestão no Governo Federal

Correios 2022 – Case de excelência na gestão no Governo Federal

Por Floriano Peixoto*

publicidade

Ao assumir a gestão dos Correios, em 2019, encontramos a estatal em uma situação financeira extremamente críticas. O risco de dependência do Tesouro Nacional era iminente, o que poderia causar um passivo de R$ 14 bilhões à Administração Pública Federal. O caixa da empresa contabilizava, por exemplo, cerca de R$ 149 milhões, o que comprometia o fechamento da folha de pagamento nos meses seguintes.

Com ações imediatas, adaptando-se às modernas práticas do mercado, numa busca incansável por uma maior eficiência dos recursos - com redução de despesas e incremento nas receitas -, conseguimos recuperar, após três anos de muito trabalho, a saúde financeira da empresa. Isso foi possível após a execução de uma série de medidas estruturantes que alinharam ações de modernização e a retomada dos investimentos.

Revisamos as linhas de negócios e o portfólio de produtos e serviços, com ênfase no apoio ao comércio eletrônico nacional, modernizamos os canais de atendimento à população por meio físico e digital, investimos na renovação da frota, no parque logístico e na revitalização de unidades operacionais e de atendimento, destinamos recursos para recuperar os ativos de Tecnologia da Informação e Comunicação e para a segurança empresarial, permitindo o incremento na produtividade de fiscalização dos milhares de objetos que são tratados e distribuídos diariamente pela estatal. Todo esse movimento ocorreu em conformidade às práticas de compliance e gestão de riscos, de modo a tornar os processos e tomada de decisão mais transparentes e eficientes.

Assim, conseguimos retomar a confiança e a credibilidade perante os brasileiros e o orgulho dos empregados em atuar em uma empresa destacada em âmbitos nacional e internacional. Com a capacidade mais robusta, conseguimos absorver a alta demanda resultante do aumento do consumo digital, impulsionar a economia nacional e contabilizar recordes no fluxo de encomendas. Com gestão e inteligência competitiva, entregamos soluções, prazos e preços cada vez mais melhores.

A melhora na performance operacional refletiu também em resultados financeiros expressivos, após anos de saldos negativos. Em 2020, a empresa apresentou lucro líquido de R$ 1,53 bilhão – o que já sinalizava uma importante melhora da saúde financeira e dos negócios da empresa -, e em 2021 os Correios alcançaram o maior lucro dos últimos 22 anos, R$ 3,7 bilhões de lucro recorrente, permitindo apurarmos um caixa atual na ordem de R$ 5 bilhões. Com as eficientes ações realizadas na área financeira, foi possível sanear sete ressalvas apontadas pela Auditoria Independente nas Demonstrações Contábeis da empresa.

A recuperação financeira permitiu que fossem reajustados os salários dos funcionários em 9,75% em 2021, e a reposição integral da inflação de 10,12% em 2022. Com o Acordo Coletivo de Trabalho assinado este ano, foi possível atender aos principais pleitos dos empregados sem, no entanto, comprometer as finanças da empresa. Além disso, possibilitou o pagamento da Participação de Lucros e Resultados (PLR) aos empregados, fato esse que não ocorria há 10 anos. A proatividade do gestor é um demonstrativo de quanto a empresa reconhece a importância dos empregados para os resultados incontestavelmente positivos obtidos pela estatal.

O comprometimento e o trabalho sinérgico de todos, seguindo orientações claras e objetivas, com foco no cliente e na busca do melhor para a empresa, é o que têm permitido que os Correios de hoje seja visto como um verdadeiro case de sucesso no Governo Federal.

Presidente dos Correios


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895