Cultura do Estado

Cultura do Estado

Por Antônio Carlos Côrtes*

Correio do Povo

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Nosso amor pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre- OSPA vem de longa data. Tratei disto no meu livro “Bailarina do Sinal Fechado” quando exemplifiquei a passagem por aqui do regente Isaac Karabtchevsky: “Lembro-me do festejado maestro explicando obras magníficas e compositores. Aduziu, por exemplo, que Strauss compunha distante da partitura para sentir o seu efeito. Era assim com simplicidade e humildade que lecionava. É preciso que haja consciência de que, na orquestra, o músico é meio e fim. Profissional que executa com extremo zelo e total dedicação a sua função. O que concerne a aspectos emocionais tem relação ao regente, que além da leitura da partitura, sublinha meneios de cabeça, gesticula braços erguidos firmemente dirigindo-se aos naipes. O saudoso maestro Pablo Komlós tem sua memória registrada na cultura do Estado. A Ospa é uma orquestra que orgulha os rio-grandenses do sul e precisa de apoio da iniciativa privada e do poder público”.

Pois agora reforço minha felicidade ao saber que o governador autorizou a contratação por concurso de 16 novos músicos para a Ospa.

Com atenção de relojoeiro soube que os investimentos do Estado na área da Cultura por meio da Secretaria respectiva abarcam concurso também para outras especialidades: bibliotecário, museólogos, antropólogos e restauradores. Ora, isso é excelente para o segmento cultural. Como reconheceu o governador Eduardo Leite em recente entrevista, o governo Sartori iniciou e bem a recuperação do Estado. Ele dá seguimento mesmo em pleno período de pandemia.

A razão destas linhas que humildemente traço é imbuído de pura emoção, eis que tive o privilégio de assistir, em relação à Ospa, a inauguração da Sala de Ensaios e os posteriores avanços. Ressalto que, apesar de fundada em 1950, jamais possuía espaço para chamar de seu, pois nômade como os ciganos. A localização no Centro Administrativo do Estado, ao lado da Secretaria de Educação, é ótima. Não poderia ter melhor vizinhança. Seu atual diretor artístico Evandro Matté é integrante de longa data da orquestra, a segunda mais antiga do país.

*Advogado e psicanalista


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