Da terra ao pó — a produtividade enfrenta a destruição

Da terra ao pó — a produtividade enfrenta a destruição

Os trabalhos da CPI têm sido intensos.

Deputado federal Luciano Zucco

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Com eficiência e sustentabilidade, o agro é a locomotiva da nossa economia e ajuda a alimentar o mundo. E faz isso produzindo em apenas 30,2% das nossas terras. O agro é o grande vetor de conservação num país que preserva mais de 66% do território. Com tanta importância social, econômica, humanitária e ambiental, o setor deveria ser irrestritamente apoiado. E protegido. Mas não é o que se tem observado, com o crescimento das animosidades governamentais contra o segmento e a volta das criminosas e terroristas invasões de terra. 

Com a escalada dos relatos a respeito de terras que eram produtivas, mas foram reduzidas a pó pelas invasões do Movimento Sem Terra, alguma providência teríamos de tomar. Para se ter uma ideia: antes do fim de abril de 2023, o Brasil registrou 33 invasões, número superior aos cinco anos anteriores somados. A instalação da CPI do MST foi, portanto, um natural atendimento ao clamor não apenas de todos produtores rurais (dos familiares aos grandes players). Foi também uma resposta aos anseios da imensa maioria dos brasileiros de bem, trabalhadores, ordeiros — e que pagam a conta da insegurança e da violência. Os trabalhos da CPI têm sido intensos. E reveladores. Em oitivas e diligências, coletamos um conjunto robusto de provas contra o MST. Falamos de nefastas práticas como trabalho análogo à escravidão, com os acampados sendo submetidos a condições sub-humanas pelo comando do bando. Os relatos incluem agressões contra mulheres.

Além das gravíssimas questões humanitárias, podemos também mencionar: uso de dinheiro público para financiar invasões, sonegação de impostos por parte dos dirigentes do MST e imposição de trabalho “voluntário” enquanto o grupo lucra com negócios e captação de recursos. Para cumprir com sua missão, além de registrar em relatório essas investigações, a CPI do MST também entregará um pacote de leis para pacificar a questão do campo, com proposições que objetivam fazer com que as invasões voltem a ser coisa do passado — e que o pó da destruição dê lugar definitivamente à terra fértil da produtividade.


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