De olho nos falsos médicos
Não podemos, de forma alguma, permitir que pessoas não capacitadas lidem com vidas humanas.
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C chama-nos a atenção a grande quantidade de profissionais no mercado que realizam atos exclusivos de médicos sem a devida qualificação. Somente nos primeiros seis meses deste ano, o Cremers recebeu 190 denúncias de exercício ilegal da medicina. O número é quase três vezes maior em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 63 casos.
Recentemente, uma mulher foi presa em flagrante, na sede do Cremers, ao apresentar um diploma falso para obter o registro de médica. A identificação da fraude foi possível devido à checagem rigorosa de todos os dados apresentados. Ao entrar em contato com a instituição de ensino para verificar a validade do diploma, as equipes técnicas constataram a irregularidade e denunciaram o caso à Polícia Federal.
Mas essa parece ter sido apenas a ponta do iceberg: em contato com outros Conselhos Regionais de Medicina, foram identificados mais nove diplomas falsos da mesma universidade, todos, possivelmente, adulterados pelo mesmo grupo de criminosos. Os documentos também foram usados em tentativas de obtenção de registro médico nos estados da Bahia, Maranhão, São Paulo e Tocantins. O grupo, vejam só, chegou a criar um e-mail falso da universidade para enviar a ata de formatura aos CRMs.
Não podemos, de forma alguma, permitir que pessoas não capacitadas lidem com vidas humanas. A medicina é uma atividade nobre e muito delicada para a qual são necessárias muitas horas de estudo, estágios e plantões.
Por isso, estamos muito atentos a esses casos, trabalhando em conjunto com a Polícia Federal e com outros órgãos para evitar que esses falsos profissionais atuem e coloquem a vida das pessoas em risco.
Por outro lado, também é muito importante que os pacientes façam a sua parte, verificando se os profissionais estão realmente habilitados para a função, e que avisem o Cremers em caso de alguma irregularidade.
Seguiremos atuando firmemente para afastar aqueles que agem de má-fé dos colegas que honram a profissão e cumprem com ética e dignidade a missão de salvar vidas.
