Empreendedorismo feminino como chave para transformação social

Empreendedorismo feminino como chave para transformação social

Delegada Nadine

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Promover o empreendedorismo feminino é um dos desafios que destaquei para o meu mandato como deputada estadual. Não se trata apenas de buscar promoção de emprego e renda para as mulheres, mas, sim, de incentivar uma transformação social por meio da retomada da autoestima feminina, da diminuição das desigualdades de gênero e do rompimento de ciclos de violência doméstica.

Como coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Feminino e da Força da Mulher Gaúcha, estabeleci a criação de um comitê para realizar ações e reuniões com o intuito de ouvir mulheres e pensar estrategicamente políticas públicas e leis estaduais que possam impulsionar a liderança feminina nos negócios.

Mesmo que os números do empreendedorismo feminino e da atuação de mulheres em cargos de liderança venham subindo, os desafios e a desigualdade ainda são muito grandes. Dados recentes dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres mostram que as brasileiras recebem 19,4% menos do que os homens. A diferença é ainda maior no Rio Grande do Sul, onde as gaúchas têm salário 22,4% menor em comparação aos gaúchos. Segundo o Sebrae, em 2020, 55% de novos empreendimentos foram abertos por empreendedoras, porém, a maior parte destas empresas atua em negócios mais vulneráveis e de baixo faturamento, caracterizadas pela baixa inovação e pelo baixo valor agregado, como serviços domésticos, alimentação, beleza e moda.

O poder público não pode se omitir nesta discussão. E não está. Vemos iniciativas como a lançada pelo governo estadual durante o South Summit Brazil, o programa transversal Avança Mulher Empreendedora, que pretende proporcionar ferramentas para auxiliar mulheres em situação de vulnerabilidade na administração de seus negócios, baseado em informações do RS Seguro. Nossa Frente Parlamentar vai fazer parte, não apenas com o papel fiscalizador que cabe ao Legislativo, mas principalmente como colaborador.

É claro, sabemos que a transformação social perpassa por muitos outros aspectos também complexos como a autonomia financeira feminina, mas esta é uma das principais chaves para que as mulheres conquistem sua independência econômica e emocional.


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