Engenharia: o futuro do futuro

Há poucos meses, foi publicado um importante relatório que mensurou a capacidade de inovação dos diferentes países – o Global Innovation Index. Segundo o estudo, embora sendo uma das 12 principais economias do mundo, o Brasil aparece em 54º lugar no geral entre as 132 economias analisadas.

O trabalho considera mais de 80 indicadores, como instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação do mercado e de negócios e indicadores de saída para aferir e chegar aos resultados em termos de conhecimento, tecnologia e criatividade.

Diante destes indicadores, cresce a importância da formação dos profissionais em engenharia e de todas as profissões registradas no nosso Conselho, entre tantas outras, de áreas também importantes, com sólida qualificação técnico-científica, dotados das habilidades necessárias para a criação e melhoria de produtos e processos inovadores na fronteira do conhecimento.

Um dos pontos mais urgentes a atacar nesta questão é a crescente evasão dos alunos de engenharia. Segundo dados do Inep, quase 69% dos estudantes desistiram do ensino superior de engenharia no período de 2012 a 2019. Entre as principais causas, estão dificuldades cognitivas devido às deficiências do ensino básico.

Como presidente do Conselho de Engenharia e Agronomia do RS, posso garantir que estamos alertas para esses indicadores. Temos consciência da nossa relevância para que o país inicie uma caminhada rumo a melhores condições de competitividade no mercado global. Uma das nossas ações afirmativas, da qual muito nos orgulhamos, é a criação do programa Crea Jr-RS junto às instituições de ensino.

Convidamos os profissionais de todo o país para participarem da 78º Semana Nacional da Engenharia e da Agronomia, em agosto próximo, em Gramado. Neste encontro, vamos debater as questões da profissão e daremos atenção especial a temas relativos ao desenvolvimento e à soberania nacional.