Gasolina muito cara

Gasolina muito cara

Por Paulo Franquilin*

Paulo Franquilin

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O petróleo surgiu como alternativa de energia há pouco mais de um século, quando os primeiros poços foram explorados para a produção de combustível para os veículos que substituíam os movidos à tração animal. No Brasil nosso primeiro poço surgiu em 1939, na Bahia, sendo que, em 1954, o governo brasileiro instituiu o monopólio estatal para extração e exploração do petróleo brasileiro através da Petrobrás.

Na mesma década, foi implementada a indústria automobilística, deixando o transporte ferroviário e hidroviário num segundo plano, aumentando o consumo de gasolina e diesel. O crescimento da necessidade de mais combustível para os veículos fez surgir uma rede de distribuição e para abastecimento em nosso país, assim temos, atualmente, muitos locais para esta finalidade. Porém o preço dos combustíveis, principalmente da gasolina, não para de aumentar, com as mais diversas justificativas, desde problemas na extração no Oriente Médio, aumento do transporte marítimo e câmbio internacional. Por aqui os problemas são outros, entre eles os custos para refino do petróleo, os modais de transporte em todo país, além de uma carga de impostos muito elevada.

O que compõe o preço do combustível é o custo de produção, distribuição e a carga tributária, além da margem de lucro dos comerciantes, com enormes variações entre os estados. Para o consumidor os preços estão muito elevados, ultrapassando o valor de sete reais por litro, com tendência a aumentar cada vez mais, pois a ganância de todos os envolvidos também aumenta. Desde as empresas que exploram os poços, passando pelos transportadores, as refinarias, distribuidores e comerciantes, todos querem lucrar, enquanto o consumidor fica refém de toda esta rede.

Jornalista e escritor*


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