Hidrovia não é um problema

Hidrovia não é um problema

Na hidrovia, só pode chegar ao Porto de Rio Grande.

Eduardo Battaglia Krause

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Lá se vão 45 anos. O tempo, quando quer é veloz, nosso Polo Petroquímico está consolidado. Naquela época, os contratos eram firmados em máquina de datilografar e os instantâneos numa Kodak. O complexo está aí, empreendimento que hoje movimenta 25% da nossa economia. Foi uma disputa forte com o Estado da Bahia, mas Arena e o MDB, andaram juntos num momento de efervescência política. Acabou ficando no solo gaúcho. Junto a ele, visualizando o amanhã, o terminal Santa Clara, um braço do Rio Jacuí, com cais e retroárea no costado daquele complexo industrial. Quem sabe, naquela oportunidade, os olhos dos que haviam começado tudo já não estavam pensando no futuro da nossa hidrovia. Pois foi tão somente em 2017 que a Wilson Sons, arrendatária do Tecon Rio Grande, começou a apostar naquele modal. 

O curto espaço de tempo demonstrou que a diversificação da malha logística, com o aproveitamento da navegação interior, é importante para a economia gaúcha. O ano em curso já movimentou ao Porto de Rio Grande 6.100 contêineres de 20 pés e a tendência é de ampliação. São resinas, frango congelado, madeira, borracha, tabaco, sucata, utensílios domésticos, móveis e plásticos, com origem e destino compensadores para todas as partes envolvidas, além disso, custos menores. 

Num momento difícil de chuvas torrenciais que assolaram nosso sistema hidroviário e seus municípios lindeiros, a retomada passa pelo desenvolvimento, um estímulo e um desafio para o ingresso de novos recursos através de terminais portuários em nossos mais de 700 km de malha hidroviária. Afinal, o produto que é levado na rodovia pode dar em qualquer Estado. Na hidrovia, só pode chegar ao Porto de Rio Grande. São importantes e necessários recursos que transitam em todo o nosso espaço geográfico. Geração de emprego e renda, ganhamos todos.


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