Inteligência artificial, assombração ou solução?

Inteligência artificial, assombração ou solução?

Gil Kurtz

publicidade

“A maior, mais incrível e, talvez, a última invenção humana”, diz Stephen Hawking sobre Inteligência Artificial.

Recentemente, o tema IA e desemprego veio à pauta fruto da pesquisa realizada pela Page Interim entre novembro e dezembro de 2023, quando foram ouvidos 5.354 profissionais da América Latina. No caso do Brasil, 76% dos entrevistados afirmam que essa face da tecnologia gerará desemprego na área em que atuam. Essa afirmação é uma unanimidade em todos os entrevistados. Outra informação veio à tona no último Fórum Econômico Mundial. Em 2025, a automação e a nova divisão do trabalho entre humanos e máquinas impactarão em 85 milhões de empregos em todo o mundo. Alguns empregos serão substituídos por robôs ou algoritmos, outros serão criados ou transformados. No evento, emergiu um lado positivo. A estimativa é que 97 milhões de novos empregos surjam nos setores de economia verde, economia criativa, cuidados de saúde e tecnologia da informação.

Para sublinhar o tema IA, também, será uma das principais pautas dos debates, a partir de 8 de março, do South by Southwest. Consagrado festival de inovação, música e entretenimento que reunirá mais de 300 mil pessoas em Austin.

Dito isso, para contextualizar, trago minha vivência nesse embate “tecnologia x emprego”. Quando iniciei, no mundo da propaganda, o impacto da tecnologia em atividades como direção de arte, redação era pequeno. Estou falando de meados dos anos 1980. Um dos grandes sonhos naquela época era uma maçã, ou melhor, um Mac. Hoje é indiscutível o quanto a tecnologia impulsionou a criatividade publicitária e toda a cadeia do segmento.

Voltando ao jazz: várias profissões não serão “vítimas” da IA. Algumas: médicos, advogados, jornalistas, professores, mecânicos, mestres de obras e outras. Para reflexão cito um trecho do livro “A Coragem de Criar de Rollo May”: “Temos uma escolha. Fugir em pânico… acovardar-nos com a perda dos portos conhecidos. Fazendo isso, abrimos mão da oportunidade de participar do futuro”. Para fechar é indispensável lembrar um dos conceitos vitais para todas as organizações: o maior patrimônio delas são as pessoas.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895