Invasão zero

Invasão zero

A Luta Contra a Violência no Campo e a Defesa do Direito à Propriedade

Deputado federal Luciano Zucco (Republicanos-RS)

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Parece piada, mas em pleno 2023, com o Brasil tendo se tornado uma potência agrícola mundial, seguimos falando sobre o sagrado e constitucional direito à propriedade. Ou melhor, sobre o descumprimento dele. Depois de quatro anos de paz e calmaria durante a gestão Jair Bolsonaro, tivemos uma escalada sem precedentes de violência no meio rural com o retorno do PT ao poder. Junto com a esquerda, vieram as invasões de terras por parte de movimentos criminosos como o MST. Conseguimos instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar essa retomada do terror, mas infelizmente o governo federal agiu politicamente para inviabilizar os trabalhos do colegiado.

Nesses quatro meses de atividades da CPI, conseguimos frear o ímpeto da facção e as ocorrências despencaram. Tão logo encerramos os trabalhos, as invasões voltaram com força. Dessa forma, coletamos as assinaturas e instalamos a Frente Parlamentar Mista Invasão Zero (FPMIZ), que nasce com a missão de manter a mobilização do setor produtivo e pressionar politicamente as autoridades governamentais. É importante voltar um pouco no tempo para lembrar como nasceu a FPMIZ. No dia 9 de maio de 2023, ainda antes da instalação da CPI do MST, eu recebi em meu gabinete, em Brasília, uma comitiva de produtores rurais da Bahia. 

No encontro, as lideranças fizeram um relato sobre a realidade da violência no campo naquele estado. Segundo o presidente do movimento, Luiz Uaquim, foram criados 16 núcleos regionais, que atualmente englobam 220 cidades. De acordo com Uaquim, a Constituição não existe na Bahia. E também não se prende ninguém pela invasão de propriedade. Dessa forma, os produtores baianos tiveram que reagir e se organizar para expulsar os invasores por conta própria. Espero que no Rio Grande do Sul, a lei e a ordem prevaleçam e que os invasores sejam tratados como criminosos. Todos os olhos estão voltados para Hulha Negra, onde estive pessoalmente para levar meu apoio aos verdadeiros trabalhadores do campo. Estamos monitorando de perto os movimentos do MST e, desde já, deixamos nosso alerta. Um eventual confronto com derramamento de sangue será debitado diretamente na conta do presidente Lula. 


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