Mês da mulher: mais respeito e igualdade

Mês da mulher: mais respeito e igualdade

Por Franciane Bayer*

Franciane Bayer

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Chegamos ao mês da mulher, o conhecido 8 de março. Um dia que simboliza a luta das mulheres por mais igualdade? Sim! Um dia para homenagear as mulheres? Sim! Um dia para se comemorar? Sim e não!

Sim, porque nós, mulheres, temos muitas conquistas para comemorar, pois, se analisarmos nossas condições de vida na sociedade brasileira, vamos ver que já vivemos épocas bem mais difíceis, entregues à nossa própria sorte. E isso não faz muito tempo não. Antes dos anos 70, praticamente não havia políticas públicas para garantia de direitos das mulheres, aliás, nós mulheres nem possuíamos muitos direitos.

Não, porque nós ainda não podemos só comemorar. Ainda precisamos nos indignar com a violência física que, só no nosso país, mata e mutila centenas de mulheres todos os dias. Precisamos atacar a violência sexual que mata a infância e a inocência das nossas meninas e destrói a esperança das nossas mulheres. Precisamos gritar contra falas como a de um deputado que disse, e abro aspas para ele: “São fáceis, pois são pobres”. Como assim? São fáceis porque são pobres? Não, mulher nenhuma é fácil porque é pobre, ou rica, ou preta ou branca, ou instruída, ou não. Mulheres nascem em situação de vulnerabilidade, são deixadas ou levadas para a vulnerabilidade e isso não as torna mais ou menos fáceis. Isso nos mostra o quanto ainda precisamos trabalhar para mudar essa situação.

Cabe a nós, homens e mulheres que estamos em espaços de liderança, pública ou privada, trabalhar para a promoção da garantia dos direitos das mulheres e para permitir que elas estejam nos espaços que desejem estar e sendo respeitadas e tratadas com dignidade por todos.

Deputada estadual*


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