O dia seguinte

O dia seguinte

Por Márcio Lüders*

Márcio Lüders

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Conviver. Transitivo indireto e intransitivo: ter relações cordiais; dar-se bem. Significado cada vez mais importante nos dias atuais, em momento de tamanha polarização política absolutamente injustificável. Afinal, somos parentes, amigos, colegas e mais do que tudo isso, indivíduos portadores de inteligência e cidadãos. Conviver não é e nunca foi tarefa fácil. Cada indivíduo tem pensamento próprio e vontades individuais que são as mais diversas. 

Independente de linha ideológica, o que você vai fazer se o projeto em que acredita democraticamente não for vitorioso nas eleições que se aproximam? Respondo: terá que conviver com os demais como sempre fez, independentemente do resultado das eleições. Infelizmente, hoje temos famílias, amigos, colegas, vizinhos, etc., que deixamos de conviver por motivos políticos, que exacerbaram qualquer razoabilidade. Afinal a eleição passa e a vida continua. E o mais legal disso tudo é que de maneira democrática, daqui quatro anos, teremos novas eleições em que o projeto que foi derrotado poderá vencer. Isso é democracia.

O processo democrático, que deveria ser algo bonito, virou algo feio, raso e sem qualquer conteúdo programático. Por não ter um pensamento radical, não consigo compreender. A convivência ainda é a melhor saída para construir uma sociedade mais justa e igualitária, base fundamental para resolução dos graves problemas que temos no Brasil que estão relegados ao simplismo da direita ou esquerda.

Ainda é momento de rever, de se aproximar e de aprender a conviver. É uma singela sugestão que deixo, pois, todos juntos, teremos que construir os caminhos do Estado e do país a partir do próximo dia 31 de outubro. Paz!

*Vice-prefeito de Novo Hamburgo


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