O Rio Grande decola na vanguarda da aviação regional

O Rio Grande decola na vanguarda da aviação regional

Por Frederico Antunes*

Frederico Antunes

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A história da humanidade nos mostra que o progresso das sociedades acontece na velocidade dos seus respectivos meios de locomoção. Uma coisa depende da outra. O isolamento anda junto com o atraso e a disparidade. Nas áreas isoladas, o tempo passa mais devagar, a informação custa a chegar. Não há nada mais triste do que uma cidade esquecida pelo fluxo das riquezas. Pois, felizmente, com muito trabalho, o Rio Grande do Sul se consolida na vanguarda da aviação regional, conquistando alguns dos melhores índices do Brasil. Viajar de avião não pode ser para poucos. Mas já foi. Principalmente quando se fala nas chamadas curtas distâncias. Durante muito tempo, o transporte regional foi encarado como uma alternativa para poucos. Uma espécie de luxo. Os custos reforçavam esta lógica que prejudicou regiões inteiras na captação de empreendimentos. Não há competitividade que resista, por exemplo, a doze horas de viagem terrestre como única opção.

Não faz muito, há cerca de seis anos, foram dados os primeiros passos num programa para atração de investimentos na aviação regional. Isto começou quando instalamos, na Assembleia Legislativa, a Comissão Especial da Aviação Regional. De lá, chegamos à instalação da Frente Parlamentar da Aviação Regional, passando por três governos. Com muita responsabilidade, superamos aquele que era o maior dos entraves: o custo do combustível. Quando o assunto é o futuro da nossa gente, precisamos ser todos, antes de tudo, gaúchos. O que testemunhamos foi um maduro e produtivo exercício de convergência, todos os atores do setor focaram naquilo que os unia, deixando de lado as discordâncias. Numa equação complexa, que envolveu aumento da escala de passageiros, fusão de operações e volume de querosene utilizado, a alíquota original de 17% do ICMS cobrada sobre o combustível foi reduzida para 12% e seguiu caindo até que chegamos aos atuais 2%. A viabilidade deve preceder a competitividade.

Atualmente, liderando as operações nacionais, o Rio Grande do Sul tem 12 linhas interligando Interior e Capital. Também somos o Estado com maior quantidade de voos entre cidades do Interior e o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Assim, facilitou-se não somente as conexões entre o interior gaúcho com o resto do Estado e o centro da economia nacional, mas com o mundo inteiro. Os itinerários foram estabelecidos de modo a facilitar também a baldeação feita em Guarulhos para rotas internacionais. O turismo passou a ser uma atividade estratégica para o pós-pandemia, no que se refere à geração de empregos e na maior circulação das nossas riquezas. E isso não é para poucos. É para todos.

Deputado estadual, líder do governo*


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