Oportunidades e potencial com a reciclagem do vidro

Oportunidades e potencial com a reciclagem do vidro

Diante desse cenário, optar pelo vidro é uma escolha assertiva.

Natália Pietzsch

publicidade

Você sabia que 97% dos resíduos produzidos pelos porto-alegrenses com potencial para reciclagem vão parar no aterro sanitário de Minas do Leão? Apenas 3% do resíduo tem a reciclagem como destino. Quando falamos especificamente do vidro, 25% do resíduo de vidro produzido no Brasil é reciclado. A estatística preocupa, pois quando o assunto é sustentabilidade, existem inúmeros motivos para dar preferência ao vidro: ele é 100% reciclável, pode passar por infinitos ciclos de reciclagem sem perder suas qualidades, apresenta 100% de aproveitamento. Com um quilo de cacos de vidro pode-se fazer um quilo de vidro novo, quando reciclado, ele economiza 40% de energia, se comparado a uma garrafa feita com matéria-prima virgem, além de muitos outros motivos.

Diante desse cenário, optar pelo vidro é uma escolha assertiva. Por outro lado, é necessário garantir que ele tenha uma destinação correta: a reciclagem, evitando o seu descarte em aterros sanitários. O processo de reciclagem consiste nas etapas de coleta, triagem e remoção de tampas, rótulos, pedras ou outros contaminantes, trituração e processo de produção de novos produtos. Nesta última etapa, o fabricante das embalagens funde (derrete) os cacos de vidro a mais de 1.300˚C. Com o material derretido, a indústria recicladora produz novas embalagens destinadas para as fábricas de alimentos e bebidas envasarem os seus produtos. 

O principal desafio neste processo está entre a geração do vidro durante o consumo até a reciclagem deste material. Mas iniciativas vêm oportunizando a correta destinação deste resíduo tão nobre. E elas existem em Porto Alegre. Desde fevereiro de 2023, o esforço de 41 bares e restaurantes locais resultaram na reciclagem de 17 toneladas de vidro.

Em 2022, a Arco já coletava resíduos de vidro por meio de outros serviços e garantiu a reciclagem de 164 toneladas de resíduo, resultando na eliminação da emissão de 27 toneladas de gás carbônico, redução do consumo de 78.720 kw de energia (quando comparado à produção de vidro com matéria-prima virgem) e a extração de 197 toneladas de areia (matéria-prima virgem para a produção do vidro). O descarte correto impacta também na coleta urbana, reduzindo seus custos e aumentando a vida útil dos aterros sanitários. 

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895