Os direitos de crianças prematuras

Os direitos de crianças prematuras

Por Denise Suguitani*

Correio do Povo

publicidade

O Brasil está entre os 10 países com o maior número de bebês que chegam ao mundo com menos de 37 semanas de gestação. Em algumas regiões, a taxa de nascimentos prematuros atinge 12,5%, colocando-nos acima da média mundial, que é de 10%. A prematuridade é um problema social e se configura como a principal causa de mortalidade infantil antes dos cinco anos. 

Durante o Novembro Roxo, mês internacional de sensibilização para a causa da prematuridade, diferentes iniciativas procuram mobilizar o poder público e a sociedade sobre a importância da prevenção e dos cuidados com os crianças prematuras e suas famílias, sobretudo no período inicial de suas vidas. 

A prematuridade pode deixar sequelas de saúde de longo prazo para os bebês, dependendo da idade gestacional ao nascimento e das intercorrências sofridas durante a internação na UTI. Contudo, com estímulos adequados durante a primeira infância (de zero a seis anos) e com intervenção precoce, a história dos mais de 340 mil bebês prematuros nascidos todo ano no Brasil pode ser diferente.

Neste contexto, a campanha “Criança é Prioridade”, iniciativa da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), convoca os concorrentes ao Executivo Municipal para assumir compromisso público pelos direitos das crianças na primeira infância, prevendo o desenvolvimento de políticas e programas que concorrem para a promoção da saúde integral infantil. No Rio Grande do Sul, a campanha é liderada pela política estadual Primeira Infância Melhor, com o apoio de entidades como a ONG Prematuridade. O compromisso com esses direitos é um testemunho em favor da vida das crianças nascidas prematuras e suas famílias.

*Diretora-executiva da ONG Prematuridade.com


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895