Para que serve um Convention Bureau?

Para que serve um Convention Bureau?

Por Abdon Barretto Filho*

Correio do Povo

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O Convention & Visitors Bureau- Escritório de Captação de Eventos e Promoção do Destino Turístico é uma estrutura independente, não governamental, apartidária, sem fins lucrativos, criado e apoiado por uma série de entidades e empresas interessadas no desenvolvimento econômico e social, agindo na captação de eventos e na divulgação e promoção dos atrativos e equipamentos e serviços capazes de atraírem visitantes.  É uma das formas   para confirmar ou não a valorização e a profissionalização do Turismo de Negócio e Eventos.

O modelo foi criado no Século XIX (1896, em Detroit, EUA) para diminuir a inconstância e a sazonalidade dos fluxos de visitantes. Hoje, seguindo a eficácia do modelo americano, existem em torno de 450 escritórios espalhados nos países de maior representatividade mundial. No Brasil, muitas cidades e regiões possuem Convention & Visitors Bureaux, cumprindo suas árduas tarefas: identificando eventos, apresentando candidaturas, contatando seus organizadores e procurando convencê-los que a cidade que representa é a melhor opção.

Em 1997, foi criado o Porto Alegre & Região Convention & Visitor Bureau- Fundação Porto Alegre Congressos e Eventos, mantido pelas entidades da hotelaria, gastronomia e comércio local, além da Room Tax – Taxa opcional paga pelos hóspede. Estão sendo realizados trabalhos para captações de eventos que serão realizados nos próximos quatro anos ou mais. Os trabalhos não podem e nem devem ser interrompidos porque quando a pandemia terminar, com a vacinação mais ampla possível, existem boas expectativas de retomadas dos fluxos de visitantes: turistas de lazer, participantes de congressos e eventos e investidores.

Os mantenedores são os responsáveis direta e indiretamente em profissionalizar o Turismo, sem depender das políticas e políticos que geralmente mudam seus compromissos com o setor em cada eleição. Mas sejamos otimistas. Sempre. Estamos aprendendo com os novos protocolos de preservação da saúde pública e individual. Os eventos estão sendo adaptados, com profissionalismo e dedicação, sejam presenciais, híbridos ou digitais. Os transportadores, meios de hospedagem, agências de viagem, organizadores de eventos, entre outros profissionais que reconhecem que o mundo mudou, o mercado mudou, o turismo mudou e cliente mudou, estão fazendo as adaptações indispensáveis.

São transformações cada vez mais rápidas impactando as pessoas físicas e jurídicas, exigindo atualizações e melhoria contínua para participar do mercado altamente competitivo de viagens, entretenimento, lazer, eventos e turismo, onde as cidades atuam para aumentarem seus fluxos de visitantes. As conquistas empresariais que contribuem para o desenvolvimento social e econômico devem ser preservadas, como as associações que representam as atividades econômicas. 

Convém salientar que, devido à importância da Economia do Turismo no mundo, representando 10 % do Produto Interno Global e 8% do Brasil, algumas ações estão sendo realizadas para a retomada e o reposicionamento dos destinos turísticos pós-pandemia. Uma nova realidade que preserva a manutenção e geração de emprego, renda, impostos e autoestima do núcleo receptor. São reflexões. Respeitam-se todas as opiniões contrárias. Podem ser úteis. Pensem nisso. 

*Economista e Mestre em Comunicação Social

 


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