Parlamento conectado ao século XXI

Parlamento conectado ao século XXI

Por Gabriel Souza*

Correio do Povo

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Assumo a presidência do parlamento gaúcho em um momento especial, em que procuramos saídas para a pandemia, quer através de vacinas, quer através de uma comunicação que compense o distanciamento que nos foi imposto. 

Além destes desafios insólitos, temos outras questões urgentes a enfrentar, não tão novas assim nem tão desconhecidas. Desde 2013, quando passamos a ouvir vozes mais altas nas ruas, o recado dos brasileiros para as nossas representações formais foi: “Não me representam”. 

Foi um brado para além de partidos, para além de ideologias, para além de poderes. Foi um brado que precisa ser pensado e repensado por nós, representantes. Os representados – o povo – pediram que os representantes – os políticos, os parlamentares – efetivamente os representassem. 

Acredito que o poder mais atingido foi o Legislativo, pois este surgiu com esta missão. No entanto, o resgate da legitimidade da representação não é tarefa apenas do parlamento. O Estado, lato sensu, também vive esse desafio. Mas acredito que quem precisa sair na frente, na busca desse aprimoramento da representatividade, é o Poder Legislativo – até mesmo por missão delegada pela Constituição. E é esse um dos desafios que vou olhar de frente como presidente da Casa do Povo. 

Não tenho dúvidas de que precisamos planejar uma nova estrutura organizacional do Legislativo. Afinal, como representar a sociedade se não estivermos atualizados tanto quanto ela? Para isso, as plataformas de comunicação e de participação não podem mais ser um cenário distante da cultura e da prática do Parlamento. Vamos trabalhar fortemente para facilitarmos os processos e garantirmos a simbologia da representatividade, servindo efetivamente aos 11 milhões de gaúchos. Vamos fortalecer a democracia e promover uma Assembleia Legislativa ativa e interativa.

*Presidente da Assembleia Legislativa do RS


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