Por que uma lei para a educação digital?
Por Gabriel Souza*
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Um instrumento importante para que adotemos práticas saudáveis no uso da Internet e faça com que a tecnologia seja nossa aliada começa a ser adotado pelas escolas gaúchas. Trata-se da lei que institui a Política de Educação Digital, sancionado nesta quarta-feira (4/11) pelo governador Eduardo Leite. Elaborei o projeto, juntamente com o colega Vilmar Zanchin.
Estivemos no ano passado em Utah, nos Estados Unidos, para verificar como medidas preventivas nas escolas possibilitam a utilização segura da Internet de modo coletivo, não apenas pelas crianças e jovens. A ideia é abranger ações que capacitem professores, ampliem o diálogo sobre temas espinhosos, como cyberbullying, tão recorrentes desde que a web passou a integrar o nosso dia a dia.
Em Utah, conversei com Michelle Linford, diretora-executiva da Epik Deliberate Digital. Explicou os avanços após adoção de políticas de educação digital. Naquela oportunidade, ampliamos temas relacionados ao rastro digital, ao envolvimento da família e comunidade e de o quanto o processo coletivo permite a todos maior segurança. É fato: precisamos de uma Internet que permita a troca saudável, sem temor, sem estresse das ameaças ou resultantes de ataques pessoais, sem fake news.
Não há como retroceder. As relações são cada vez mais feitas por aplicativos, o trabalho, as demandas. Grande parte da economia é sustentada pelo ambiente virtual. Então, como fazer com que usemos de forma adequada a Internet e não sejamos reféns dela? A informação é a base.
Entre as ações previstas na lei, cursos de formação de professores para o uso adequado da Internet em sala de aula, palestras e oficinas com temáticas envolvendo prevenção a violações contra direitos humanos na Internet e também a realização de seminários com o objetivo de fomentar a Cidadania Digital na sociedade.
Para tanto, é preciso, como destaca Michelle, abrir uma sombrinha sobre todos nós. Uma proteção para que possamos amparar a sociedade gaúcha e nos aproximar. Mesmo em tempos de um vírus letal, a proximidade saudável é possível justamente por conta da tecnologia.
*Deputado estadual