Precisamos trabalhar mais, governador!

Precisamos trabalhar mais, governador!

Por Anderson Trautman Cardoso*

Correio do Povo

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A agenda de março foi pautada pelo dramático colapso no sistema de saúde. Assistimos ao esgotamento de leitos clínicos e de UTI, à escassez de medicamentos, à disparada no número de mortes e ao fechamento do considerado comércio não essencial. Agora em abril, quando os relatórios disponibilizados pelo Comitê de Crise do Governo do Estado indicam a redução gradual na ocupação dos hospitais e na disseminação do vírus, faz-se ainda mais importante atentarmos à retomada da economia. Diferente do início da pandemia, quando o mundo buscava respostas, aprendemos muito no último ano e chegamos a algumas conclusões. Uma delas é que são as aglomerações irresponsáveis que aceleram a propagação do vírus. Outra é que a atividade produtiva não leva aos picos de contágio.

Por isso, a Federasul e outras entidades têm defendido a ampliação dos dias e horários de funcionamento das atividades consideradas não essenciais. E há, pelo menos, três bons motivos para alterar os protocolos nesse sentido. Primeiro, porque, sem opções de locais que ofereçam atividades seguras, infelizmente a população acabará realizando aglomerações clandestinas. Foi assim no Carnaval. É o que evitaremos com a possibilidade de manter o trabalho já no sábado da Páscoa.

Segundo, porque as empresas são ambientes controlados, onde são cobrados permanentemente o uso de máscara, a higienização de mãos, o distanciamento, entre outros protocolos que reduzem a propagação do vírus. Por fim, a permissão para a ampliação do exercício das atividades seria o socorro necessário à retomada da economia, sobretudo aos setores mais afetados, como turismo e hotelaria.

Esse é o pleito que já encaminhamos ao governo do Estado. Evoluímos com a liberação das atividades na Páscoa, que será uma válvula de escape com dupla função: permitir que as famílias usufruam de locais com todos os protocolos de segurança e despressurizar a economia, que, mais do que nunca, clama por socorro. Esperamos que, em breve, possamos evoluir ainda mais.

*Presidente da Federasul


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