Proteção e capacitação contra a violência

Proteção e capacitação contra a violência

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Este ano, estando à frente da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre, envolvi-me ainda mais nas iniciativas voltadas para a importante data do Dia Internacional da Mulher e seus desdobramentos, para além do dia 8 de março. Atuei para a promoção de ações focadas em pontos que realmente fazem diferença na caminhada das mulheres: acolhimento, proteção, valorização e oferecimento de oportunidades. Em rodas de conversa, palestras, feira de empreendedorismo, de serviços de saúde voltados ao público feminino no ambiente do Legislativo, e na assinatura de um pacto institucional pelas mulheres, trabalhamos questões fundamentais e urgentes que precisam ser olhadas e discutidas permanentemente. Falo do combate à violência contra a mulher e da divulgação das redes de apoio existentes na Capital. Os casos de violência doméstica, os feminicídios, com números assustadores do RS, não são somente casos de Polícia, são fatores sociais, culturais e de saúde pública. Por isso, é tão importante a interligação das ações das instâncias que trabalham a proteção. Além da missão de cada uma em separado, a vontade comum é que essas se conheçam e se comuniquem para os encaminhamentos necessários e efetivos.

Na coleta final do que vivenciei nesse mês da mulher proposto pela procuradoria, reforço a constatação de que a vulnerabilidade emocional das mulheres que passam por situações de violência se liga diretamente à vulnerabilidade financeira. Só a independência financeira e emocional permite e encoraja o afastamento da situação abusiva e o fechamento do ciclo. Por isso, é tão importante a capacitação feminina, a ocupação por meio de emprego e renda e o estímulo ao empreendedorismo. É o que precisamos alcançar à mulher porto-alegrense, apoio e ferramentas de consciência e conhecimento.


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