Se falta água, falta futuro

Se falta água, falta futuro

Por Luiz Zaffalon*

Luiz Zaffalon

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A baixa cobertura de esgoto, a insuficiência nos índices de água tratada, as constantes faltas de água por conta de uma estrutura precária e antiga e o risco de desabastecimento a cada verão trazem enormes problemas para uma comunidade. São questões do dia a dia das pessoas, ambientais, de saúde pública e também de atraso no campo econômico.

Enquanto Gravataí possui posição geográfica privilegiada, investe em inovação e melhora o ambiente de negócios, por outro lado, enfrenta dificuldades no atendimento à população com esgoto e com as constantes faltas de água em diversos bairros ao longo do ano todo. Esse é o nosso maior entrave à atração de investimentos e, consequentemente, para a geração de mais empregos.

Uma situação, porém, que poderia ser evitada ou, pelo menos, amenizada, mas que não avança pela escassez de investimentos da Corsan no rio Gravataí e na defasada rede de coleta, tratamento e distribuição de água. O rio aguarda há mais de 10 anos pela implementação de um projeto, elaborado pela Ufrgs, que prevê a construção de 13 microbarragens para tornar a vazão permanente.

A execução dessa obra está sob responsabilidade do governo do Estado e está muito atrasada. Para cobrar urgência, estamos reforçando a mobilização. Uma comissão especial para tratar desse tema será criada na Assembleia Legislativa pela deputada Patrícia Alba (MDB). Um grupo com igual objetivo já foi instalado na Câmara de Vereadores de Gravataí e outro será criado no Legislativo de Cachoeirinha. Esse movimento está atraindo, também, as entidades de classe do nosso município.

A realidade do fornecimento de água precisa ser modificada em Gravataí. A parceria público-privada na área do saneamento na Região Metropolitana, a privatização da Corsan e as exigências do novo marco legal do setor nos dão esperança de que a companhia fará pelo menos parte dos investimentos necessários para superar os frequentes problemas. 

Também acreditamos que a nossa mobilização em torno das 13 microbarragens irá ecoar no governo do Estado para que o projeto no rio Gravataí saia do papel. Afinal, garantir água tratada para a população o ano inteiro significa dignidade e qualidade de vida e o Estado precisa cumprir com esse compromisso de forma mais efetiva. Pois, se falta água, falta futuro.

*Prefeito de Gravataí


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