Sua majestade, o livro

Sua majestade, o livro

Por: Maximiliano Ledur*

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A presença do livro em nossas vidas é algo inquestionável e irresistível. É através dele que navegamos por um universo infinito das concepções, ideias e desafios. É graças ao livro que pavimentamos nosso saber de forma contínua. Devemos a ele nossas escolhas na literatura, artes e na ciência. Por seus conteúdos, de aprendizagem técnica, histórica ou mesmo meramente informativos, trazem sempre as respostas aos nossos questionamentos e satisfazem as nossas curiosidades.

Nossa companhia com os livros é tão pretérita quanto a lembrança nos permite imaginar. O livro, em sua excelsitude, sobreviveu e sobreviverá nas mais diversas formas a serem ditadas pelas tecnologias que o preservam desde os tempos imemoriais. Os historiadores nos lembram que ao seu início eram gravados pelos povos antigos nas mais diversas e criativas formas. Ao correr dos séculos, foram tomando forma e conservados como relíquias, até a consagração em instituições voltadas à cultura.

Com a inexorável passagem do tempo, Johann Gutemberg desenvolveu um processo de impressão em série, promovendo maior celeridade da produção de livros e outras formas de comunicação escrita. A partir desta tecnologia, pela facilidade de expansão do conhecimento via editorial, houve uma aceleração cultural com reflexo até nossos dias.

Escolas, universidades, instituições públicas e de serviço, pelas facilidades concedidas pelos livros, passaram a utilizar este instrumento como forma de comunicação de seus conteúdos, tornando-os acessíveis a todos quanto tinham a curiosidade pelo conhecimento. A Tecnologia da Informação não impedirá o reconhecimento do valor do livro. O livro permanecerá prestigiado por sua inestimável contribuição à humanidade.

Sua Majestade reina soberano e nunca será destronado, ou mesmo deposto, pois sua origem é divina. Já enfrentou campanhas difamatórias, censuras, sequestros e até queimas e ressurge sempre das cinzas como uma fênix, forte e perene. Quando festejamos a 68ª Feira do Livro de nossa Porto Alegre, saudemos nosso rei, desejando como fiéis súditos vida longa ao rei.

*Presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro


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