Um novo porto para o Rio Grande
Por Issur Koch*
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Sonho de quase dois séculos, a construção de um porto no Litoral Norte avançou nos últimos dias com o anúncio da liberação do termo de referência junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o Porto Meridional, também conhecido como porto de Arroio do Sal.
Com esta nova etapa, viabiliza-se o início do licenciamento ambiental, abrindo espaço para novos avanços junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e na Superintendência de Patrimônio da União (SPU). Além disso, o projeto já conta com as autorizações da Secretaria Nacional de Portos (SNP) e da Marinha para escavação em área portuária de 2,5 quilômetros da beira-mar, sendo essa a penúltima etapa necessária antes de consolidar o projeto junto a investidores.
Não restam dúvidas de que a obra representará um novo tempo para o sistema portuário gaúcho, que tem atualmente no porto de Rio Grande sua grande referência. Cargas que atualmente são despachadas para o porto de Imbituba (SC) com o objetivo de diminuir custos terão como opção o novo porto.
Para discutir estas e outras questões, vamos realizar uma audiência pública na Assembleia Legislativa no próximo dia 6 de abril, na Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais. Nossa convicção é que precisamos nos espelhar nos bons exemplos de outros estados que investiram em portos na última década. Santa Catarina conta com sete portos e três deles (Itapoá, Navegantes e Itajaí) estão entre os dez principais terminais do Brasil. O porto de Itapoá, por exemplo, começou a operar em junho de 2011 e já é considerado um dos terminais mais ágeis e eficientes da América Latina, sendo um dos mais importantes do país na movimentação de contêineres, de acordo com a Antaq. Mais do que cargas, estamos falando de novas oportunidades para nossa gente.
Professor e deputado estadual*
