Um tempo para a prosperidade

Um tempo para a prosperidade

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Todos sabemos que o agronegócio move o Rio Grande sendo a principal fonte de renda de 268 municípios gaúchos, a maioria pequenos e com menos de 5 mil habitantes, o que representa 40% do PIB gaúcho. Já a agropecuária é responsável por 9% da produção (VAB) do Estado, enquanto a média nacional é de menos de 5% de participação na produção de riquezas. O impacto do agro na economia gaúcha é tão grande que 30% da produção industrial é voltada para a área rural, o que mostra que o nosso Estado é bem mais dependente do setor que o resto do Brasil.

A nossa produção agropecuária é responsável por manter os preços mais baixos na mesa do consumidor, além de representar 80% das exportações gaúchas e a principal fonte de recursos que alavanca a balança comercial brasileira. Por sua relevância, o agronegócio é fundamental na geração de emprego e renda, sobretudo nesses pequenos municípios, levando a uma necessária urgência na participação do poder público na busca de soluções para a seca e outras dificuldades enfrentadas pelo setor. 

Não podemos ficar parados diante dos ataques sofridos pelo agro, seja pelas intempéries, seja pela visível má vontade do governo federal com o segmento que representa a verdadeira pilastra da nossa economia. Sob esse cenário, o governo do Estado precisa agir na proteção do campo, viabilizar a geração de emprego e renda, além de garantir a segurança alimentar dos gaúchos. 

A crise é conhecida, mas a ação é necessária e urgente. 

Diante da perceptível falta de preparo e de vontade política dos governos estadual e federal, clamamos por ações concretas, tais como as elencadas pela Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia Legislativa do Estado em debates sobre o tema. O Estado precisa agir acionando seus três bancos (BRDE, Badesul e Banrisul) na busca de medidas para sustentar e proteger o agronegócio, motor da economia gaúcha. 

Somam-se a isso novos programas de irrigação com linhas de financiamento através desses bancos, estimulando ainda o mercado de seguros agrícolas e, de resto, o mercado financeiro como parceiro do agronegócio. A hora é de focar em um novo tempo e a volta da prosperidade aos que produzem no campo, plantando e criando a riqueza do nosso Rio Grande do Sul. 

 


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