Uma nova página na história de Porto Alegre

Uma nova página na história de Porto Alegre

Por Matheus Schilling*

Correio do Povo

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Finalmente o começo da solução do abandono do Cais Mauá. O leilão realizado em fevereiro deste ano pôs um fim aos problemas enfrentados com a gestão do local que ocorriam pelo menos desde 2010. A parceria firmada através da concessão no valor arrematado de R$ 144 milhões pretende viabilizar a construção de prédios residenciais, comerciais e hotéis no setor mais próximo à rodoviária, gerando emprego, renda e aumentando a densidade urbana local. Esse fenômeno permite que a população consiga residir mais perto do centro histórico de Porto Alegre, diminuindo custos para transporte e, para o poder público, custos futuros com investimentos na ampliação da rede de saneamento, podendo ser aproveitada a já existente na região central da cidade.

Ainda, a empresa concessionária deve investir R$ 350 milhões na revitalização dos armazéns com a instalação de restaurantes, bares e até campus universitário. Não se trata de uma aposta para que a empresa concessionária faça um bom uso do local, mas um reconhecimento de que a iniciativa privada tem tido sucesso nas privatizações e concessões da cidade, devendo esse tipo de parceria ser ampliada. O Pontal do Estaleiro e o Cais Embarcadero são sinônimos de sucesso da iniciativa privada na gestão de locais públicos.

Até o momento não houve grande definição a respeito do Muro da Mauá, mas tudo indica que será construído um muro de contenção em formato de arquibancada ou assemelhado, abarcando os armazéns, que hoje estão desamparados pela proteção do muro, permitindo que seja utilizado tanto como local para os visitantes sentarem e apreciarem a vista do Guaíba como método de contenção para futuros alagamentos. Para os críticos de plantão, a respeito do ambientalismo, foi confirmada a intenção de intensificação arbórea do local para garantir o sombreamento da área externa do cais.

É fato inconteste que a iniciativa privada tem sido parceira do porto-alegrense na gestão de bens públicos, permitindo renovações e revitalizações nunca antes vistas na história da nossa cidade. Regiões que antes eram abandonadas estão agora à disposição da população para usufruir sem qualquer custo direto ao contribuinte. Portanto, as concessões e privatizações emergem como catalisadores de um futuro mais inclusivo, sustentável e vibrante para Porto Alegre. Ao colocarmos em prática essas parcerias, estamos escrevendo uma nova página na história da nossa cidade em que o progresso econômico e a valorização do espaço público andam de mãos dadas e na qual cada cidadão tem seu espaço valorizado e suas necessidades atendidas.

*Advogado


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