Valorização do médico deve ser permanente

Valorização do médico deve ser permanente

Por Márcio Pizzato*

Márcio Pizzato

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Neste período de pandemia de coronavírus, milhões de brasileiros passaram a valorizar, ainda mais, investimentos em moradia, lazer em família e em saúde suplementar. São tendências autoexplicáveis, mas nunca é demais esclarecer: com o distanciamento social e o home office, a infraestrutura do lar se tornou mais relevante, pois muitos passaram a trabalhar no mesmo local em que residem com seus familiares ou sozinhos. Tanto que, por muito tempo, não havia webcam para pronta entrega.

O conforto doméstico (vídeos por streaming, livros, TVs de alta definição e tela grande, eletrodomésticos) também cresceu em importância, para amenizar a distância de amigos e familiares. E os planos de saúde, que sempre estiveram entre os objetos de desejo dos brasileiros, subiram de status. Afinal, em uma grande crise sanitária mundial, evidenciou-se o quanto a assistência médico-hospitalar é fundamental.

Consequentemente, passamos a ter uma percepção mais clara do que representa a medicina (pública e privada) para as nossas vidas. Com a liberação da teleconsulta e da telemedicina, esse atendimento tem superado até as restrições de convívio social presencial. Percebemos, também, com mais nitidez, quão importante é contar com bons médicos, qualificados, valorizados e respeitados. Esse aspecto me toca, particularmente, em função de ser médico, filho de médico e pai de médicos.

O cooperativismo na área da saúde se fundamenta na valorização dos médicos, da medicina e dos detentores de carteirinhas de planos e seguros saúde. Sem médicos, não há medicina. Sem profissionais valorizados, não há aperfeiçoamento nem renovação na saúde. Homenagens aos que têm estado na linha de frente contra a Covid-19 são emocionantes e justas, mas a valorização do médico deve ser permanente, pois nossa saúde e qualidade de vida dependem muito desse reconhecimento.

Médico anestesiologista*


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