Violência contra as Escolas – É urgente a formação de uma Rede de Prevenção e Proteção

Violência contra as Escolas – É urgente a formação de uma Rede de Prevenção e Proteção

Acompanhamos as tristes notícias dos ataques ocorridos às escolas no país e no Rio Grande do Sul.

Sofia Cavedon e Aline Seixas

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Acompanhamos as tristes notícias dos ataques ocorridos às escolas no país e no Rio Grande do Sul. Algumas das causas associadas a esses ataques são o bullying e a exposição da criança ou adolescente a situações violentas do cotidiano que o discurso de ódio, coordenado por grupos extremistas, busca canalizar. 

Desde 2013, existe um avanço da política de interdição do debate sobre a diversidade, valorização de mulheres e a educação sexual nas escolas. Isso gerou uma política de vigia sobre as e os profissionais da educação, cerceou debates importantes que visavam a justiça, o combate às violências, a democracia e a construção de cidadania plena. Assim, a escola virou um alvo também desprotegido pelo desinvestimento em formação, estrutura física e tecnologia.

As respostas ao medo que assola as comunidades escolares não têm receita pronta, mas podemos buscar alternativas para o fortalecimento de um ambiente democrático e o auxílio de profissionais capacitados para a prevenção e a gestão adequada de ameaças e conflitos. O governo Lula, em resposta aos recentes ataques, anunciou medidas para o enfrentamento do problema da violência nas escolas.

Garantir a capacitação de profissionais em educação para a formação em direitos humanos, retomar a gestão democrática nas escolas com o protagonismo da juventude valorizado, é urgente para a recriação de um ambiente saudável, acolhedor e democrático em que todas e todos possam participar e ser sujeitos da construção de uma sociedade solidária, justa e igualitária. É urgente a responsabilização das empresas de Internet para que impeçam que a rede de ódio angarie adeptos e crie o efeito buscado: popularidade pelo pânico e medo.

Estamos desencadeando a Jornada pela Segurança nas Escolas, que buscará envolver gestores da educação e da segurança, estudantes e educadores/as, produzindo escutas e construindo políticas que possam proteger as escolas das violências que são da sociedade e ali se transformam em terrorismo por atingir inocentes indefesos.


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