Lixões oceânicos prejudicam focas e cetáceos
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O estudo também destaca os inúmeros sofrimentos de que estes animais são vítimas. No caso das tartarugas, por exemplo, a ingestão acidental de sacos plásticos pode levá-las à morte por sufocamento em questão de minutos. Já as baleias podem passar vários anos arrastando redes ou equipamentos de pesca, acumulando terríveis ferimentos em seus corpos e podendo até morrer em consequência de infecções ou inanição por não mais poderem se alimentar.
No caso dos pássaros – e de, muito provavelmente, de milhões deles –, é bastante comum a confusão entre plásticos e alimentos, com consequências obviamente trágicas. Estudos recentes com as espécies mais afetadas no Mar do Norte demonstraram que 94% dos pássaros analisados continham, em média, 34 pedaços de plástico em seu organismo. O tamanho médio dos materiais plásticos ingeridos é de 0,3g, o que, em proporções humanas, equivaleria a uma porção de comida para um ser humano adulto.
Ventos e correntes marítimas carregam estes materiais, ao longo de várias milhas, para pontos críticos dos oceanos, como a área denominada “Lixão do Pacífico”, que contém plásticos, resíduos químicos e entulhos, em um volume estimado em torno de 100 milhões de toneladas, abrangendo hoje uma área equivalente aos territórios da França e da Espanha juntos.