A evolução do novo Creta

A evolução do novo Creta

Um teste completo

Renato Rossi

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O Hyundai Creta, lançado em 2017 no mercado brasileiro, foi um sucesso de vendas que refletiu a análise precisa da Hyundai sobre o perfil do consumidor brasileiro, conservador no gosto e nas crenças. No Creta, o design de ângulos retos na carroceria com ampla área envidraçada é responsável por uma imediata sensação de amplo espaço interno. O SUV é sólido e impositivo.

O preço competitivo de R$ 72 mil no lançamento confirmou o acerto do marketing da Hyundai no posicionamento do Creta. A assertividade do design simples mas com charme era compatível com a dirigibilidade suave e maciez das suspensões. O Creta de segunda geração, testado em duas semanas, é mais sofisticado na forma e conteúdo. O antigo motor 1.6 aspirado foi trocado pelo performático Kappa 1.0 turbo, com três cilindros de 120 HP e 17.5 kgfm de torque. Sem dúvida, um motor muito superior ao 1.6, também superior ao 2.0 mantido no novo Creta na versão 'topo de linha', da nova geração.

Mas os consumidores e a imprensa criticaram no lançamento, em agosto, a frente com grade saliente em 'colmeia', distante dos faróis. Há, sim, uma leve descontinuidade na harmonia 'facial'. Já os faróis com recorte geométrico são circundados por uma 'assinatura' em LED com função de luz diurna. Visto pela frente, esta é a parte mais visível do Creta, mas fica legal. A traseira tem sinaleiras grandes com recortes geométricos, mas é harmônica.

O novo Creta tem 4,30cm de comprimento, 179cm de largura, distância entre eixos de 261cm, com peso de 1.270 quilos. O uso de aço de alta resistência na plataforma gera maior rigidez torsional e menor peso. O Creta integra o evoluciocionismo da Hyundai, obcecada pelo feedback de milhões de proprietários de veículos da marca pelo mundo. Por isto, o novo Creta está melhor em tudo. A relação entre o volante, motor turbo, câmbio automático com seis velocidades e suspensões bem acertadas resulta em comportamento dinâmico sólido e muito ágil na disponibilidade do forte torque de 17.5 kgfm a partir de 1.200 rotações que facilita o uso urbano.

Na rodovia há apego à linha reta e o motor a 110 quilômetros horários na BR 101 mantinha-se em baixos giros com evidente economia de combustível. O Creta agora inclina menos em curvas e oferece um grau de esportividade ausente no modelo anterior. A ergonomia no banco do motorista é ampliada nos ajustes de profundidade e altura do volante. No painel digital de 7 polegadas, o motorista no círculo do velocímetro visualiza o que se aproxima pelos pontos cegos.

Para os adeptos da conectividade, a tela de 10,25 polegadas, sensível ao toque, tem GPS integrado, conexões USB e bluetooth com Android Auto e Apple Car Play. Os recursos do smartphone podem ser acessados por comando de voz. Mas a lista de conforto, convieniência e segurança segue, porque é enorme.
 


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