Carro será um software

Carro será um software

Padrões de segurança nos veículos passam pela virtualidade e múltiplas conexões

Renato Rossi

publicidade

As certificações da TÜV Rheinland visam à segurança humana. Porque negar um certificado a um fabricante de lancha com falha no projeto evitará futuros naufrágios. As certificações da TÜV procuram agora o carro elétrico. E novos padrões de segurança praticados pela indústria automotiva passam pela virtualidade e múltiplas conexões, propiciadas por softwares cada vez mais poderosos, entre a nuvem e o uso real do produto. 

A TÜV faz avaliações de sistemas de inspeção veicular, ausente no Brasil, mas utilizada no Chile. E a nova manutenção será feita através de software, que permite que computadores conversem entre si e joguem os dados na nuvem, que redistribui estes dados para diversas áreas da montadora. Os veículos já são reconfigurados pelas informações coletadas nos computadores de bordo. Então, suspensões e motores elétricos serão reconfigurados com ou sem motorista a bordo. E as inspeções veiculares dispensarão os instrumentos físicos como as rampas de vistoria, que fazem verificações de sistemas com instrumentação física. 

Em pouco tempo, os carros autônomos guiados pela Inteligência Artificial se recusarão a prosseguirem na rodovia ao sentirem algum problema em seus sistemas. O veículo faz a autoanálise e solicita via nuvem a reprogramação de sistemas críticos como os freios. Se há falha grave, o veículo estaciona e fica parado até que o problema seja resolvido. O carro do futuro será somente um software, disse o sábio Herbert Diess, ex-CEO da Volkswagen. Ele quis juntar os dois mundos, virtual e real, e acelerou o fim do motor a combustão. Os conservadores da Volkswagen queriam mais 50 anos a gasolina.

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895