Expansão dos elétricos no mundo

Expansão dos elétricos no mundo

Mercado brasileiro apresenta uma alta nas vendas dos modelos eletrificados e híbridos

Renato Rossi

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O mercado eletrificado compreende carros híbridos e elétricos puros. O levantamento sobre o mercado dos elétricos contou com o talento da especialista em mercados e estatística Melisa Murialdo. O estudo é repleto de infográficos que facilitam a compreensão da eletrificação veicular no mercado brasileiro. No Brasil os elétricos puros tiveram em 2022 um aumento em vendas de 197%, na comparação com o ano anterior. 

Isto surpreende já que o Brasil não tem uma legislação sobre eletromobilidade, tampouco tem uma rede de recarga que propicie tranquilidade ao proprietário do carro elétrico. Na falta da infraestrutura, ele tem o uso restrito às grandes cidades. O mercado se eletrifica, segundo a analista, baseado no desejo do consumidor em escapar do preço oscilante e especulativo da gasolina. Além disso, salientou, os jovens estão conscientes de que não terão futuro se persistirem os níveis atuais de poluição. E o carro puro elétrico é fundamental para a despoluição do meio ambiente, enfatizou a analista. 

O mercado de veículos eletrificados teve um aumento em vendas em 2022 da ordem de 41% no Brasil. Foram comercializadas 126.504 unidades entre veículos híbridos e elétricos puros. Mas ainda é majoritária a presença dos híbridos, que ocupam 62% do mercado. Foram 30.439 “híbridos leves” comercializados em 2022. Já 21% ou 10.348 unidades são de híbridos plug-in. Os híbridos leves têm um motor a combustão auxiliado por um pequeno motor elétrico e gerador de 48volts. Este motor acessório “alivia” o motor a combustão em momentos de carga, nas acelerações mais fortes ou subidas de serra. O plug-in tem uma bateria maior com maior carga que permite uso elétrico por uma quilometragem média de 60 quilômetros. 

O mercado se completa com os “puro elétricos”, sustentados por baterias de íon lítio. Estes ocuparam 17% do mercado em 2022. O domínio do mercado eletrificado é Toyota, através do sucesso do Corolla Cross. Nos 62% de participação dos híbridos, a Toyota tem 40% de participação. No segundo lugar está a Caoa Chery com sua linha Tiggo com 14% de participação. As 10 marcas que mais vendem veículos eletrificados no Brasil são foram respectivamente Toyota (20.727), Caoa Chery (6841) Volvo (5264), BMW (3041), Land Rover (2234), Kia (1776), Mercedes Benz (1301), Porsche (1259), Renault (1199) e Jac (938). Segundo a analista este mercado que absorveu 126 mil unidades em 2022 pode chegar a mais de 900 mil unidades ate 2025. Mas para isto é necessária a participação do Estado junto à iniciativa privada. “Com incentivos ao uso de energia limpa, juros direcionados ao segmento dos elétricos e manutenção da alíquota zero será criado em grande mercado elétrico no Brasil”, concluiu a analista. 

SEGURANÇA

Blindagem mantém conforto e adiciona tranquilidade

O grupo automotivo Casco, com sua blindadora e revenda multimarcas de veículos, prepara a abertura de nova loja no Astir Center Mall, na avenida Nilo Peçanha em Porto Alegre. O diretor-executivo da empresa, Alexandre Cassel, busca modernizar a visão que se tem tanto de fazer a blindagem quanto comprar um blindado. "Eu estou te vendendo um escudo. É igual a plano de saúde. No nosso caso é uma grife que você paga para não usar. Você não vai botar 80 mil, 100 mil para proteger a tua família? Eu vendo que a gente salva vidas, que eu proporciono qualidade de vida", relata. 

Ele avalia que estar protegido dentro do veículo proporciona liberdade na locomoção. "Não tem preço entrar dentro da tua garagem, trancar a porta sem ficar nervoso. Enfrentar uma sinaleira de noite, trabalhar o dia inteiro e saber que ninguém vai meter a mão nos teus filhos, que pode sair de noite e não acontece nada", comenta. "Um criminoso vai te abordar e você vai acionar uma sirene, vai abanar para ele e vai-te embora", salienta Cassel.

De acordo com o CEO da Casco, também não existe mais aquela ideia do blindado pesadão, que estraga mecânica e acaba com o valor agregado. "O carro blindado não vira mais uma sucata, nem um tanque de guerra. Os materiais estão muito mais leves, adicionando ao redor de 150 quilos", explica. 

"Também não vira mico para revender. O blindado hoje tem muita saída, o blindado seminovo, né? Blindado usado, as pessoas procuram, mas desvaloriza", detalha Cassel. "Depois de alguns anos não pega o valor da blindagem na venda, mas você usou, teve a segurança." 

O detalhe importante na vida do dono de blindado está na manutenção. "Para manter tudo em ordem, a blindadora faz revisões periódicas a cada seis meses, igual a concessionária. Volta o carro, lubrifica os vidros, regula as portas, vê se os acabamentos estão colados. O proprietário não tem prejuízo, mas tem um acompanhamento especial para poder ter o carro", define o CEO. (Bernardo Bercht)


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