Futuro incerto: grandes marcas de automóveis alternam otimismo e cautela
Interrupções na cadeia de produção tem origem em fatores tão diversos como no eterno Covid-19 e no genocídio promovido pela Rússia na Ucrânia
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A visão otimista do presidente mundial da Toyota, Akio Toyoda, de que a montadora produzirá 10,6 milhões de veículos em 2023, contraria as previsões das grandes marcas automobilísticas, cautelosas em relação ao futuro. As interrupções na cadeia de produção tem origem em fatores tão diversos como no eterno Covid-19 e no genocídio promovido pela Rússia na Ucrânia.
Na prolongada falta de semi condutores que pode ser tornar incontornável se a China invadir Taiwan. Outro entrave é a excessiva concentração da produção de componentes automotivos na China, confundida com uma saudável “globalização”. Que na prática só aumentou o poder econômico chinês. São todos desafios para a Indústria automobilística, que tenta realocar fábricas para evitar a excessiva dependência à China. É atitude tardia, porque o domínio tecnológico induziu a que todas as grandes marcas dependam da China.
Por exemplo, a Volkswagen, que busca lá a tecnologia para carros autônomos. Em silêncio, os chineses avançaram mais que os ocidentais nos “desafios” do futuro. Agora, a VW se associa à chinesa Horizon Robotics que produz sistemas inovadores para carros autônomos. A Horizon pesquisa e desenvolve esta tecnologia por no mínimo dez anos. Na síntese os cenários projetados para 2023, não excluirão a China. Que terá um mercado de mais de 30 milhões de carros elétricos ate 2030. Os carros elétricos já estão acessíveis a milhões de chineses.
Mas antes da acessibilidade ao carro elétrico, a complexa geopolítica parece estar no limite. No aquecimento global, múltiplas guerras, bilhões gastos em armas. Houve um tétrico “cogumelo” em Hiroshima que pode voltar. Que o mundo se una contra isso. É muito mais saudável viver para curtir os ótimos carros do Sr. Toyoda.
