Mobilidade limpa em debate

Mobilidade limpa em debate

Indústria automotiva e carro elétrico são temas polêmicos de fórum global

Renato Rossi

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O fórum global promovido pela agência Reuters reúne 150 palestrantes de alta representatividade que discutem temas que definem este tempos tão desafiadores para a humanidade. O simpósio, realizado nesta semana, tem audiência estimada em centenas de milhões de espectadores. Presente na abertura do evento, na terça-feira, o presidente mundial do grupo Stellantis, Carlos Tavares, abordou assuntos relacionados a um dos pilares da economia mundial, a indústria automotiva, que sintetiza a posição de um poderoso grupo econômico e tecnológico em relação ao carro elétrico.

O executivo enfatizou que o carro elétrico é uma imposição dos investidores e dos governos que querem solucionar seus problemas ambientais. E colocam uma “carga excessiva de responsabilidade sobre as montadoras, quando governos deveriam rever as fontes de energia utilizadas, que são poluentes”. É lógico, uma alfinetada na China que extrai 90% de sua energia elétrica do carvão. 

Segundo Tavares, o custo de produção do carro elétrico é 50% superior em relação ao veículo a combustão. A opção somente pelo carro elétrico quando existem outras alternativas à mobilidade limpa é um “erro”. Para Tavares, a Stellantis pode produzir poucos elétricos e cobrar muito por eles. Ou produzir mais carros sem lucro. 

E agora as marcas tradicionais americanas aderem ao carro elétrico. Juntas, Ford e General Motors terão mais de 60 modelos eletrificados nos mercados mundiais até 2025. E o carro elétrico será um negócio trilhardário. O famoso Massachusetts Institute of Technology, num completo estudo, mostra a dominação global chinesa na mobilidade elétrica até 2040. Tendo como base investimentos altíssimos em minas de lítio, cobalto e níquel ao redor do mundo.

 


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