Montadoras buscam saída para compra de semicondutores

Montadoras buscam saída para compra de semicondutores

Tensões geopolíticas afetam produção no mundo

Renato Rossi

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A informação divulgada na imprensa europeia, nesta semana sobre a produção de semicondutores, expõe as complicações geopolíticas que afetam a economia. Os ataques constantes de terroristas do Boko Aram às minas de lítio no Congo tornam a extração do precioso elemento químico uma tortura, já que mensalmente trabalhadores são mortos e sequestrados. A anunciada nacionalização das minas do mineral no socialista Chile aumenta o preço da matéria-prima essencial às baterias dos carros elétricos. 

Neste momento, há um segmento tecnológico sob tensão geopolítica e dirigentes de montadoras tomam soníferos. É também a possibilidade cada vez mais próxima de que a China invada Taiwan. O que provocará um abalo sísmico na indústria automobilística, já que a ilha asiática é responsável por 84% da produção global de semicondutores. Os consumidores que esperam meses para receber seus carros entendem o que significa a falta dos componentes. A crise no fornecimento prossegue e ainda faltam semicondutores no mundo.

Por trás da possível invasão de Taiwan, está a crescente tensão entre os Estados Unidos e a China. Que brigam não tanto por ideologia, afinal são capitalistas. A ideologia marxista da China sucumbiu ao consumo avassalador. Portanto, o enfrentamento das super potências é atrás da máscara agressiva: poder econômico e domínio global.

Na terça-feira, a Taiwan Semi Conductor Manufacturing (TSMC) anunciou que investirá US$ 11 bilhões em unidade industrial na região da Saxônia, na Alemanha. Taiwan procura sua sobrevivência em outras regiões do planeta. Em abril, o parlamento europeu definiu investir 43 bilhões de euros para produzir semicondutores. O problema é atingir o nível tecnológico da TSMC, cuja qualidade dos chips destinados ao automóveis é quase inatingível. Mas produzirão também na Alemanha, o que soa como um alivio. 


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