O fim da combustão

O fim da combustão

Parlamento europeu rejeitou requerimento que definia 2035 como limite para veículos a gasolina

Renato Rossi

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O Parlamento europeu rejeitou na quarta-feira uma emenda sobre requerimento enviado aos fabricantes de veículos que definia 2035 como o ano-limite para comercialização de modelos a combustão na Europa. O requerimento sofreu pressões que partiram principalmente das petroleiras, que se intitulam “empresas de energia”. Suja, é lógico.

Com a guerra na Ucrânia e ameaças de interrupção do fluxo de gás natural e petróleo, é lógico que a Europa procura uma saída. A poderosa economia europeia depende em 55% da energia importada da Rússia. Nos primeiros cinco meses deste ano, a Alemanha pagou mais de 40 bilhões de euros pelo gás e petróleo russos. 

E a Volkswagen é um exemplo da necessidade da mudança do fóssil para o renovável e já investiu mais de 100 bilhões de euros para ter 50 modelos elétricos e outros 30 híbridos até 2030. Mas todas as grandes marcas sabem que não há outro caminho imediato além da eletrificação do automóvel. O consumidor global vê o mundo a beira da catástrofe ambiental, e o inconsciente coletivo quer dar prosseguimento aos três ciclos: nascimento, vida e morte. 

O jornal Financial Times publicou reportagem nesta semana sobre a busca da Alemanha pelo gás liquefeito, que será extraído em território alemão. Substitui o gás natural. O investimento inicial na usina de processamento é de 1 bilhão de euros. 

A palavra “gás” não agrada o poderoso Partido Verde que integra a coalização que governa a Alemanha. Os verdes e 80% da população alemã, segundo pesquisas, querem a eliminação do petróleo até 2035. E o Parlamento europeu ratifica a escolha popular.

 


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