Renegade tem motor repotencializado

Renegade tem motor repotencializado

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Jeep / Divulgação / CP Jeep / Divulgação / CP


A engenharia da Jeep resolveu silenciar os queixosos e descontentes com a performance de versões do Renegade equipados com o motor e-Torq derivado da linha Fiat para abastecer o Jeep que faz grande sucesso no mercado brasileiro onde foi lançado em 2015. Se no Bravo que já saiu do mercado o e-Torq 1.8 não mostrava uma performance entusiasmante, principalmente nos engasgos do torque nas baixas rotações, no Renegade, mais pesado que um Bravo ou Punto, a performance apenas razoável do motor 1.8 com 132 cavalos definitivamente desagradou aos proprietários do Jeep nas versões Sport, Longitude e Limited. Todas devidamente testadas pelo Caderno de Carros e Motos do Correio do Povo.

Mas eis que surge esta "boa nova" que vai desafogar as magoas acumuladas dos que tiveram ou tem um Renegade equipado como o motor e-Torq com 132 hps. É passado: o e-Torq foi reformulado na tecnologia, "entrega" 139 hps e torna o Renegade Longitude, testado no Blog de Carros e Motos, um veiculo bem mais coerente com seu design de parrudo e desbravador destemido. OK, é só a sugestão do visual. Porque estas versões do Renegade equipadas com tração 4x2, com certeza ficam bem distantes dos maus caminhos e pirambeiras de destino "enlameado". É Jeep versátil , urbano e até delicado no manejo, com certeza. A diferença dos 7 "cavalos" à mais é sentida no passar das marchas do cambio automático que explora adequadamente o torque que surge aos 1500 giros. Logo após os giros sobem e o torque sobe junto linearmente.

Há força suficiente para deixar o Renegade até mesmo no pelotão dos "afoitos": aquele tipo de motorista "doido e burro" que pensa que a sinaleira no verde é do autódromo. Ele quer acelerar na frente. Se pegar o Renegade Longitude meio "invocado", o "maluco" vai ficar no retrovisor. É muito rápido nas arrancadas este Renegade. Brincadeiras a parte, surtiu efeito positivo as mudanças na tecnologia do motor e-Torq. A saber: adição de um coletor de admissão variável (VIS), bomba de combustível e alternador inteligentes. O novo alternador é acionado somente com o motor fora da faixa de aceleração o que evita a perda de potência. Há também menor atrito no componentes internos do motor que foram "retrabalhados", visando maior ganho energético. Se as explicações técnicas são so teoria , os mais de 900 quilômetros rodados pelo "BC&M" (blog de carros e motos), demonstrou que os 7hps a mais não refletem totalmente a forte performance.

O "novo" e-Torq é alma jovem, que revigora o Renegade . Se na performance era um lerdo tiozão com medo de dar umas "corridinhas" no final de semana, o e-Torq, se não transforma Renegade Longitude num "bombado", o queridão da Academia, ao menos faz esquecer sua fama de tímido na performance com o motor com 132 hps. Repotencializado ficou mais forte e responsável. Mas mantém aquela mesma excelente ergonomia interna, dirigibilidade e rodar seguro que são fatores pra lá de positivos que estão no DNA deste que é um dos melhores crossovers do mundo.

E Renegade é um bom nome. Uma espécie de "anti-Trump". E a careta Americana, tornada agora fascista e misógina , vai precisar de milhões de "renegados" para recolocá-la nos trilhos corretos da democracia. Um final meio filosófico. Mas carro não é só motor e rodas, convenhamos.



Por Renato Rossi: Jornalista, 64 Anos. Pós-graduado em Ciências Sociais pela Universidade de Paris École Pratique des Hautes Études de 1974 a 1975. Piloto de testes com formação no ADAC na Alemanha e na escola de Skip Barber nos EUA. Especializado em direção defensiva e segurança veicular. Responsável pelo conteúdo editorial do Caderno de Carros e Motos do Correio do Povo. Apresentador do programa Conversa de Carro (Rádio Guaíba AM e FM). Repórter.


 

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