Test-drive: GWM Haval mostra personalidade esportiva

Test-drive: GWM Haval mostra personalidade esportiva

SUV híbrido utiliza com eficiência e força seu motor 1,5 turbo, aliado a dois elétricos para potência total de 393 hps

Renato Rossi

SUV mostra personalidade no design

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O SUV Haval é um sucesso de vendas da GWM no mercado brasileiro, com mais de 12 mil unidades vendidas no ano de 2023. Com perspectiva de vendas ainda maiores em 2024, coloca-se entre os “10 mais” nos meses de março e abril. Dotado de um motor a gasolina 1.5 turbo de 171 hps e 29.9kgfm de torque, o Haval GT tem sua potência complementada por dois propulsores elétricos nos eixos dianteiro e traseiro, totalizando uma potência de 393 hps e 77kgfm de torque. Isso se traduz em uma aceleração de 0 a 100 km/h em 4,8s.

A força bruta foi sentida na exigente pista de Interlagos. Em um primeiro teste sobre asfalto molhado, o Haval mostrou um nível elevado de estabilidade direcional e lateral. Nas rápidas trocas de velocidade, o corpo era pressionado contra o banco, e as forças gravitacionais nas acelerações mostravam que a sigla GT não é apenas um mero instrumento de marketing.

Nesta semana, um Haval GT, novamente sob responsabilidade de CM, em circuito urbano e rodoviário, mostrava sua versatilidade de uso. Na ida e volta ao litoral gaúcho, o Haval eliminava a "angústia elétrica" que acomete o motorista em países sem infraestrutura para a eletromobilidade. É um SUV Híbrido plug-in, que integra uma bateria de íon-lítio, permitindo que o veículo rode até 150 quilômetros no modo elétrico. Aliado ao motor a combustão, a autonomia nos dois modos ultrapassa 1.000 quilômetros. As montadoras chinesas logo perceberam que em um país continental como o Brasil, com poucos pontos de recarga, o uso de carros puramente elétricos é dificultado.

Modelo híbrido oferece grande autonomia e performance empolgante | Foto: Renato Rossi / Especial CP

O 1.5 turbo do Haval consome gasolina e emite dióxido e monóxido de carbono. Por isso, os carros híbridos, ao contrário dos elétricos, não têm uma vaga garantida no futuro. A GWM anunciou que está preparando uma nova geração de motores a etanol a serem produzidos no Brasil e que integrarão, a partir de 2026, uma nova geração de veículos híbridos da marca.

O Haval GT impressiona à primeira vista: o design poderoso não economiza na esportividade. Na traseira, os dois spoilers, além do vidro de queda rápida (fastback) e a traseira curta são fatores adicionais que justificam a sigla GT. Outro destaque são as rodas de 19 polegadas com belo design, que também refletem esportividade. O conjunto estético funciona e estimula a adrenalina que, devido à potência de 400 hps, deve ser contida. Em uso na cidade e na rodovia, o Haval mostrou que pode ser um SUV familiar suave ou um veículo esportivo agressivo. Porém, cuidado nas acelerações, pois podem ser brutais e induzir à perda do controle.

Com apenas duas marchas, o que acentua seu “lado elétrico”, o híbrido plug-in têm sua performance baseada no modo elétrico. O motor a combustão amplia a potência, o que é útil em ultrapassagens na rodovia. A rodagem é suave, mas para evitar a rolagem excessiva da carroceria em curvas, há um menor curso nas suspensões. Pelo esterço preciso do volante e rolagem reduzida, o Haval GT vai bem nas curvas. No entanto, tem um detalhe que precisa ser corrigido em gerações futuras: os freios a disco nas quatro rodas são “borrachudos”, exigem muito esforço para serem eficientes em alta velocidade ou em situações de pânico.

O acabamento interno é bonito e sofisticado, e uma ampla lista de equipamentos completa o poder de sedução do Haval GT. Por pouco mais de R$ 300 mil, o consumidor recebe: telas digitais de alta definição para a central multimídia, porta-malas com abertura elétrica, amplo teto solar, faróis em LED, além de um completo pacote de segurança ativa e passiva com alto nível de inteligência artificial. O Haval obrigou a concorrência importada a “baixar a bola”.


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