Uma marca eletrificada

Uma marca eletrificada

Volkswagen terá, no mínimo, 30 modelos de carros elétricos já em 2025

Renato Rossi

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O presidente mundial do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, propõe uma marca totalmente eletrificada até 2030. Que terá, no mínimo, 30 modelos elétricos já em 2025. Porém, para grupos de acionistas, como as famílias Porsche e Piëch que detêm o controle acionário da Volkswagen, e para investidores que também têm assentos e voz a ser respeitada nas reuniões, nem tudo são certezas. Nas últimas semanas, importantes executivos e investidores criticaram o que definem como uma proposta de risco de Diess de financiar a estratégia elétrica vendendo carros a combustão.

O contrato de Diess, como dirigente do Grupo Volkswagen, começou em 2008 e termina em 2023. E ele já investiu mais de 60 bilhões de euros no processo de eletrificação. Mas apesar das críticas internas, a estratégia do executivo tem dado certo. O ID.3, hatchback elétrico lançado no início de 2019, teve mais de 20 mil unidades comercializadas nos meses de outubro e novembro. Apesar da terrível pandemia, houve crescimento em novembro de 55% do mercado de veículos híbridos e elétricos. 

Legislações ambientais cada vez mais adstringentes, além de um parlamento europeu dominado por ecologistas, são fatores que estimulam a demanda do carro elétrico. Os motores a combustão estão no limite do desenvolvimento. E não se adaptarão ao Euro7 que entra em vigor em 2021, exigindo emissões de dióxido e monóxido de carbono de, no máximo, 95 gramas por quilômetro rodado. Para atingir este limite restrito, a frota a combustão, que deve permanecer até 2030, deve conviver já com o carro elétrico. E a Volkswagen já mira no mercado norte-americano sob o comando de Joe Biden, que, na opinião de Diess, divulgada na imprensa europeia, será um mercado elétrico. E ecológico.

 


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