"A Garota Radiante" (Une Jeune Fille Qui Va Bien)

"A Garota Radiante" (Une Jeune Fille Qui Va Bien)

Trama é passada em 1942, quando a França estava ocupada pelos nazistas e os judeus passavam a ser perseguidos

Chico Izidro

Irène, vivida por Rebecca Marder, é uma garota judia de 19 anos que sonha em se tornar atriz

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A atriz francesa Sandrine Kiberlain, conhecida por participações em filmes como “Amar, Beber e Cantar”, “Betty Fisher e Outras Histórias”, “Mademoiselle Chambon” e “Quando Margot Encontra Margot”, estreia no roteiro e direção com "A Garota Radiante" (Une Jeune Fille Qui Va Bien). A trama segue Irène (Rebecca Marder), uma garota judia de 19 anos que sonha em se tornar atriz. Porém existe um grande problema: ela vive na França ocupada pelos nazistas em 1942, e os judeus começam a sofrer restrições - não podem mais ter rádios, bicicletas, frequentarem alguns lugares públicos, o pão nas padarias lhes é negado. E ainda têm de usar costurada no peito a Estrela de Davi, que os identificam e os estigmatizam.
Sabe-se que depois de marcados, os judeus começaram a ser caçados e levados para os campos de concentração/morte, no leste europeu. Em uma cena, o pai da protagonista falha com ela sobre uma vizinha judia que foi presa. "Ela foi presa por ser polonesa, nós só temos de seguir as regras", afirma ele, de forma equivocada, achando que a vida seguiria normalmente. 
Além de tudo, Irène está descobrindo o mundo, o prazer de viver, tendo o seu primeiro relacionamento amoroso e cercada de amigos. A atuação de Rebecca Marder, descoberta pela diretora no teatro, é simples, sem grandes arroubos, mas bonita e apaixonante. O filme se passa durante o infame Governo de Vichy, mas interessante é que nunca aparecem nazistas em cena - porém a obra consegue transmitir toda a sensação de insegurança e medo sofrida pelos personagens apenas em gestos e olhares. 
Kiberlain conta que assumiu o posto de diretora pelo desejo de se expressar de uma maneira diferente do que já fazia. “Eu também esperei até encontrar o argumento certo. Com esse projeto, pude contar a história de uma jovem mulher e capturar um momento histórico de uma forma muito pessoal”, lembrou. Assim, ela ela pensou na vida de seus avós no ano de 1942, momento em que se passa "A Garota Radiante". 
“Todos queriam, como a personagem, se tornar atores, e, como ela, também eram judeus. No processo, muito da minha vida pessoal acabou se tornando uma referência, embora eu fizesse mudanças. Não queria, por exemplo, que minha mãe e minha irmã se tornassem personagens. Seria mais fácil falar de mim mesma e explorar o que significa uma família de forma sincera sem trair as pessoas que amo”, destacou. 
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=oTrJq0qPJhA

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