Aqueles que não vemos

Aqueles que não vemos

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de onde te vejoO início de “De Onde Eu Te Vejo”, dirigido por Luiz Villaça, assusta, pois Denise Fraga, esposa do diretor e que vive a arquiteta e fotógrafa Ana Lúcia, olha para a câmera e conversa com o espectador. Meu deus, lá vem aquela personagem chata daquele quadro apresentado por ela no Fantástico, o “Retrato Falado”, que era dirigido exatamente por ele.


Mas é só o começo. Depois a ideia é abandonada, e temos contato com o casal Ana Lúcia e Fábio (Domingos Montagner), que após 20 anos decide se separar, mas passam a morar em prédios separados, porém em apartamentos de frente um para o outro. Claro que depois de tantos anos de convivência, é difícil tentar esquecer o que o ex está fazendo e eles passam a cuidar da vida um do outro, querendo saber se estão em novos relacionamentos, o que fazem nas horas de folga.


 Ao mesmo tempo, ambos têm de lidar com a filha de 17 anos, Manu (Manoela Aliperti), que passou no vestibular e está indo morar em Botucatu, além de arranjar um namoradinho, que ela não apresenta.


Passamos a acompanhar o dia a dia de Ana Lúcia e Fábio, um jornalista beirando os 50 anos, que logo vai perder o emprego. E será que eles voltarão a ficar juntos, mesmo porque o casal passa quase todo o filme às turras, despejando rancores e menosprezando o antigo parceiro. O filme também traz uma bonita visão de São Paulo, com seus prédios antigos, suas avenidas largas.


Porém “De Onde Eu Te Vejo”, apesar da boa e engraçada atuação de Manoela Aliperti, faz pouco caso de outros personagens secundários, como por exemplo um interessado em Ana, Marcelo Airoldi, que como aparece na história, logo é esquecido, sem maiores explicações.


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