Atrás das grades da prisão

Atrás das grades da prisão

"Carcereiros - O Filme" descaracteriza a obra de Drauzio Varella na telona

Chico Izidro

Adriano e seus colegas recebem a missão de cuidar de um terrorista árabe durante uma noite no presídio

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A série, com duas temporadas, e agora o filme "Carcereiros", dirigido por José Eduardo Belmonte, são apenas inspirados na obra homônima escrita pelo médico Drauzio Varella. E apenas isso, pois enquanto o livro e até parte da série global se preocupava em mostrar a rotina fora e dentro das prisões dos agentes penitênciários, com seus problemas pessoais, família, a ida para a tela grande transformou tudo em um thriller de ação.

O protagonista segue sendo Adriano (Rodrigo Lombardi), que tem uma cena mais perto do livro, quando conversa com a filha adolescente, que reclama da profissão do pai, e o medo de ficar sozinha no mundo, já que não tem mais mãe. Acaba aí qualquer similaridade com a obra de Drauzio Varela.

Depois, a história começa a se desenrolar quando Adriano e seus colegas recebem a missão de cuidar de um terrorista árabe durante uma noite no presídio, até que ele seja buscado pela Interpol. Ele explodiu uma escola na França, matando várias crianças. Essa é a senha para os demais presos pensarem numa forma de matá-lo. Ao mesmo tempo, duas facções criminosas pretendem se enfrentar dentro dos muros da prisão.

E ainda tem mais, quando homens fortemente armados invadem o presídio, matando todo mundo pela frente. O objetivo parece ser encontrar o terrorista, não se sabe se para executá-lo ou libertá-lo. Adriano, então, terá de usar de táticas e técnicas para tentar esconder o preso, e salvar os outros presidiários, brasucas. Se pensarmos em filme de ação, "Carcereiros" acerta em cheio, com muitos tiros, explosões, suspense. Cinema pipoca. Mas se pensarmos em um drama psicológico, corra para longe.

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