Boa opção francesa
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Baseado no romance de Delphine Coulin “Samba pour la France”, lançado no Brasil pelo selo Paralela da Companhia das Letras, “Samba” é protagonizado por Omar Sy (que estourou como o cuidador de “Intocáveis”) e Charlotte Gainsbourg. Samba mora clandestinamente na França há dez anos e sobrevive com subempregos. Certo dia ele vai preso e acaba conhecendo Alice, uma executiva francesa que se recupera de um estresse e trabalha como voluntária em uma ONG que ajuda refugiados. Ele está disposto a fazer o que for preciso para obter uma autorização para trabalhar. Ela tenta começar uma nova rotina. Apesar de terem situações totalmente distintas em um país europeu, um ilegal e uma cidadã, ambos se vêem sem rumo. A convivência entre eles vai contribuir para que saiam do impasse em que se encontram suas vidas.
Com uma história que mistura drama social, filosofia e romance, o roteiro tem diálogos inteligentes e uma ironia agradável de se assistir. O elenco está ótimo, com Omar Sy voltando a brilhar neste filme, em uma atuação vibrante e carismática. Isso mostra que o ator está sabendo escolher seus papéis e forma uma promissora parceria com Olivier Nakache e Eric Toledano, que já o dirigiram no anterior "Os Intocáveis". Charlotte Gainsbourg, uma presença frequente nos filmes do diretor Lars von Trier e que, com isso, já provou que é capaz de tudo, segue em performance sólida para ninguém colocar defeito. Tahar Rahim, que se destacou em "O Profeta" (2010), exibe uma versatilidade ao dançar e rebolar ao som de músicas brasileiras e ensaiando palavras em português. "Samba" é, portanto, uma das boas surpresas da temporada.