Bom elenco e boas risadas

Bom elenco e boas risadas

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O herói-aracnídeo dos quadrinhos da Marvel ganha um novo filme nos cinemas com o título de "O Espetacular Homem-Aranha". Andrew Garfield é o novo rosto do jovem  Peter Parker que é picado por uma aranha geneticamente modificada e ganha superpoderes.  Este filme volta a contar como o garoto se torna o herói mascarado que luta contra o crime em Nova Iorque e revela um pouco mais sobre os pais de Parker, que deixaram-no com os tios Ben e May (vividos simpaticamente por Martin Sheen e Sally Field) antes de sumirem sem uma explicação convincente para o filho.
Parker é um jovem nerd que adora ciências e fotografia e não é tão pateta e azarado como o vivido por Tobey Maguire na trilogia anterior, dirigida por Sam Raimi nos anos 2002, 2004 e 2007. Por divergências entre o estúdio e o diretor, uma nova franquia foi planejada com este super-herói, agora sob a direção de Marc Webb. Ao invés de o par romântico de Parker ser Mary Jane (antes Kirsten Dunst), agora é a personagem Gwen Stacy (Emma Stone, uma das novas queridinhas de Hollywood, que virou namorada do protagonista na vida real). No filme, Gwen é filha de ninguém menos do que o durão chefe de Polícia local, que passa a perseguir o Homem-Aranha por considerá-lo um intrometido nos assuntos da lei.
O vilão que Parker enfrenta neste episódio é o dr. Curt Connors (Rhys Ifans), que ele descobre ter sido sócio de seu pai. O tal cientista trabalha em um projeto de mistura genética de seres de diferentes espécies e resolve testar em si mesmo um soro de lagarto, procurando se beneficiar da capacidade de regeneração do animal. Mas a experiência foge de controle e se torna uma ameaça à cidade, que só o Homem-Aranha poderá deter.
O filme tem como pontos positivos a ótima escolha do elenco e pitadas de humor, como a participação do criador da HQ, Stan Lee, em uma inesquecível sequência numa biblioteca. As cores e cenários são mais sombrios e escuros do que a trilogia de Raimi, que usava tons mais solares (que particularmente eu preferia). Mas a trama é atualizada para as novas gerações, investindo bastante na parte tecnológica tanto dentro da própria história (com Parker criando um dispositivo para controlar a produção das teias que saem de seus pulsos), como nos efeitos especiais.
É uma produção que consegue passar no teste de fazer um reinício da aventura do herói, traz soluções criativas para diversas questões, como a maneira de mostrar a transformação do jovem após ser picado pela aranha, mas faltou algo mais para o filme arrebatar o espectador, talvez um final mais concreto na questão romântica. Como dica, espere até o final dos créditos, pois há uma cena-surpresa que dá a deixa para o próximo filme.

Adriana Androvandi

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