Candidato a pior do ano
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dos piores do ano. É o filme “João e Maria — Caçadores do Bruxas”. Com direção de
Tommy Wirkola, adapta o conto dos irmãos Grimm, “João e Maria” (“Hänsel e Gretel” no
original), para uma versão adulta. No conto infantil, João e Maria são irmãos perdidos numa
floresta. Eles encontram uma casa cheia de doces e são acolhidos pela sua dona, que se
revela uma bruxa. A dupla consegue enganar a feiticeira, fazendo com que ela caia na
própria armadilha. A lenda, que se passa na Idade Média, agora traz os irmãos adultos:
João (Jeremy Renner) e Maria (Gemma Arterton), que se transformaram em audazes
caçadores profissionais de bruxas.
Por uma razão que ainda desconhecem, Muriel, uma bruxa poderosa (Famke Janssen),
Por uma razão que ainda desconhecem, Muriel, uma bruxa poderosa (Famke Janssen),
está perseguindo-os e também anda caçando crianças de sua aldeia. Enquanto tentam
detê-la, acabam fazendo descobertas de seu passado.
Esta aventura poderia dar certo pelo seu lado lúdico e se apresentar como uma boa sessão
Esta aventura poderia dar certo pelo seu lado lúdico e se apresentar como uma boa sessão
da tarde. Mas o problema é que o filme segue uma tendência de misturar golpes e
acrobacias marciais com seres que, a princípio, se combateriam no nível espiritual. As
bruxas ganharam maquiagem excessiva, parecendo punks ou possessas (neste caso,
parecidas com as vítimas de filmes como "O Exorcista"). Para enfrentá-las, os irmãos dispõe
de um armamento não condiz com o período retratado, como o uso de metralhadoras e até
de uma arma do estilo teiser (que paralisa através de choques elétricos). Mesmo que
estejamos no mundo da fantasia, faltou coerência interna à trama. E Jeremy Renner, que
aumentou seu cacife desde que foi indicado ao Oscar em 2008 por "Guerra ao Terror",
devia escolher melhor seus papéis para acabar não “queimando o filme”. Por Adriana Androvandi.
Adriana Androvandi