Convencional, mas engraçadinho

Convencional, mas engraçadinho

publicidade



"Emma e as Cores da Vida"  (Il Colore Nascosto Delle Cose), direção de Silvio Soldini, tem aquele clima de filmes românticos europeus ingênuos, que não surpreendem, mas que são agradáveis de se assistir. O longa mostra o namoro de  Emma e Teo, duas pessoas completamente diferentes. Vivido por uma excelente Valeria Golino, Emma perdeu a visão aos 16 anos e trabalha como osteopata. Já Teo é publicitário e mulherengo e tem como intérprete Adriano Giannini, filho de Giancarlo Giannini, que trabalhou em filmes como "Hannibal", "007 - Quantum of Solace" e "Chamas da Vingança". Os dois se cruzam numa experiência de bate-papo às escuras. E Teo acha a voz de Emma muito sexy. Dias depois, ele a reconhece ao ouvi-la numa loja, e começa o flerte. Mas Teo é um sujeito vivendo em meio a mentiras, tendo ainda uma namorada e uma amante. Mas quer Emma. E ela, que vivia solitária, se deixa levar pela aventura. O problema é que o rapaz não toma jeito. Esconde de todos sua vida íntima. A namorada quer que ele vá morar com ela. Seu padrasto faleceu e ele nem foi ver sua mãe, nem sequer telefonou. Teo não consegue cumprir as metas da agência em que trabalha. A trama, aos poucos, vai se transformando naquelas comédias de erro, onde o personagem principal se enreda cada vez mais em suas mentiras, e vai perdendo tudo ao seu redor. E isso fará com que repense seus atos, e faça uma mea culpa. É convencional, mas engraçadinho.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895