Decepção de ferro
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Até a metade, a história flui instigantemente, ganhando forte impacto quando Tony Stark, num arroubo de arrogância, e apesar de ter se humanizado ao longo do tempo, não se consegue sempre esquecer sua essência, provoca o Mandarim, inclusive passando o endereço de sua casa! Claro que o vilão não demora para atacar, numa cena espetacular. E antes um adendo: o Homem de Ferro é um caso raro, se não único de super-herói que não esconde a sua identidade, andando entre os mortais com a maior naturalidade do mundo. E voltando. Na sequência do ataque à casa de Stark, que passa mais tempo no filme em sua forma civil, o filme não morre, mas fica terrivelmente chato. Principalmente quando é introduzido o chato garoto Harley (Ty Simpkins), que em momentos improváveis, irá ajudar o Homem de Ferro a combater o inimigo, que mostrará ser muito mais ameaçador do que aparenta ser.
E aí o sinistro Mandarim, inspirado claramente em Osama Bin Laden, viverá uma transformação totalmente inesperada - uma atuação especial de Ben Kingsley. Na parte final, uma overdose de armaduras do Homem de Ferro, que ganham vida longe do corpo de Stark, em cena completamente anticlimax e irritante...
Chico Izidro